segunda-feira, maio 12, 2014

Por detrás da grande porta

por detras da porta

E o que seria das coisas que rondam o mundo sem os tolos? O que seria de tudo aquilo que não será feito, realizado por alguém? O que seria do resto de nossos dias tão sombrios quanto os dias que nunca mais veremos?

Seria tudo aquilo que desejarmos, tudo o que sonharmos. Não seria mais e nem menos, não seria pouco e nem muito, seria apenas o justo, aquilo que deve ser considerado. A qualquer momento as coisas podem mudar de rumo, trocar de lugar e no instante em que acontecem, podem deixar de acontecer, podem não ser, não pertencer e mesmo assim ainda podem ser.

A realidade inspira e conspira a favor dos que sonham com pequenos fragmentos que não existem. A realidade não nos deixa errar por mais de uma noite, pois sempre trás o dia para nos mostrar o que a noite nos permitiu imaginar. E quem vai discordar do clamor das tempestades?

O que tem de ser feito será e isso é só o que se pode querer quando não há mais nada a temer.

domingo, maio 11, 2014

Comida di Buteco 2014 – Boteco do Carioquinha – Agora é a vez da rosca

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O nome do petisco foi uma grande sacada e até a sua ideia, misturar biscoito globo com carne seca. O grande problema é que depois disso o resto foi o resto.

O agora é a vez da rosca não empolga e como porção, com quatro pares de rosca em formato de sanduiche, é pequeno. O biscoito não dá substancia ao prato e quem come fica com vontade de pedir outra coisa do cardápio, como eu fiz.

Nem dá para falar muito do petisco, pois ele não permite que se faça dele muitos comentários.

O boteco carioquinha é agradável, com ótimo ambiente e extensa carta de cervejas, todas servidas como tem de ser. O bom atendimento é um convite para se voltar ao bar, assim como as cervejas de várias nacionalidades e os outros petiscos do bar.

Comida di Buteco 2014 – Mani & Oca – Vem ni mim que te levanto

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E eu realmente fiz pouco caso do trio de caldos da casa. Quando li a respeito do petisco fiquei bem em dúvida se valeria a pena a visita, mas ela valeu demais.

O Mani & Oca é outro desses bares escondido na praça da bandeira e apesar de não gostar muito do ambiente, posso dizer que o atendimento e o prato eliminaram qualquer outra impressão.

O vem ni mim que te levanto é um trio de caldos excelentes, compostos por caldo de mocotó, caldo de abobora com ossobuco e caldo de frutos do mar. Tudo isso é acompanhado por chips de mandioca e cachaça de tangerina.

A ideia que tive era que os caldos viriam em pequenos copos, mas quando eles chegaram a mesa eram copões para mais de uma pessoa cada um, sem miséria, uma porção para ninguém colocar defeito. Os tais chips de mandioquinha estavam horríveis, duros e gordurosos, mas não tiraram em momento algum o brilho dos caldos. A cachaça também era completamente dispensável e nada acrescentou.

Os caldos eram de uma perfeição exemplar, cada um melhor do que o outro, com destaque, na minha opinião, para o de abobora. Quentes como tem de ser servidos, gostosos, bem temperados, reconfortantes. Para mim o melhor petisco que provei e fortíssimo candidato ao titulo.

Alguém pode me perguntar pela originalidade do prato, coisa que tanto prezo, mas nesse caso, a execução do mesmo já dá ao prato toda a originalidade que ele precisa.

Comida di Buteco 2014 – Bar da Frente – Porquinho de Quimono

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O bar da frente se esconde na praça da bandeira e é muito aconchegante, um pequeno oásis. O atendimento estava excelente em todos os sentidos e a cerveja, como tem que ser gelada.

Já o petisco deles deixou muito a desejar na minha opinião e muito disso, se deve mais uma vez, a falta de originalidade. O tal porquinho de quimono, nada mais é do que um rolinho primavera recheado com costela suína e requeijão de ervas, inexistente.

O molho que acompanha o prato era para ser um molho agridoce, mas eu só vi e provei, um potinho com molho inglês. Faltou tempero ao prato, faltou pegada. Esse é o tipo de prato que poderia não ter sido provado, pois não agregou nada.

Posso dizer que os rolinhos estavam fritos a perfeição, sem nada de óleo e chegaram a mesa bem quentes, mas é só isso.

Comida di Buteco 2014 – Bar do Momo – Farol de Milha

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O bar do momo é bem pequeno e por isso a maior parte dos clientes, quase sua totalidade, fica do lado de fora ocupando a calçada. Isso em nenhum momento depõe contra o bar, que estava lotado e com um ambiente de muita descontração.

Por estar cheio é difícil conseguir uma mesa, mas a cerveja gelada torna a espera mais tranquila. Neste momento de espera o atendimento faz diferença e os garçons souberam fazer as coisas da forma certa, ponto para eles.

O petisco do bar do momo é chamado de farol de milha, por conta do lindo ovo caipira com gema mole que vem bem em cima da porção de carne de lagarto macia, com linguiça e queijo meia cura. O prato estava super saboroso, mas pecou em vários aspectos.

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O primeiro pecado foi a apresentação, pois parece que tudo foi jogado dentro do prato, com exceção do ovo. O segundo foi o excesso de molho, às vezes parecia mais uma sopa e por ultimo o fato da carne vir em pedaços grandes, o que dificultava na hora de comer.

Para resolver o problema do molho o prato era servido com uma cesta de torradas de alho, que estavam muito boas, mas foram insuficientes para a quantidade de molho que havia no prato. O queijo derretido, muito bom, mas a linguiça quase não foi sentida.

Melhorando os pequenos senões na execução do prato, ele tem tudo para ser fixo do cardápio e o bar do momo é mais um daqueles que merecem uma nova visita, com calma, para aproveitar a atmosfera e experimentar seus outros petiscos que pareciam ser campeões.

Comida di Buteco 2014 – Bar da Gema – Matuto

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O bar da gema foi uma grata surpresa e pretendo voltar em breve. Bom ambiente, espaçoso e com um atendimento digno de nota. O único dos bares onde o garçom além de oferecer o prato participante da promoção, ainda explicou todos os pormenores do concurso com conhecimento de causa. Parabéns!

O petisco deles pode não ser considerado um petisco, mas é muito bom e é forte candidato ao titulo deste ano. O matuto é um frango macio e super bem temperado, acompanhado de uma farofa flocada de quiabo. Tudo neste prato combina perfeitamente e a pimenta dá aquele toque final, elevando ainda mais a nota do prato.

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A farofa quando se misturava ao molho do frango ficava ainda melhor e o quiabo estava sem baba, feito como tem de ser. A porção alimenta duas pessoas sem problemas e em minha opinião não deve sair do cardápio de jeito nenhum.

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Até a forma como ele é servido e por isso o seu nome, foi pensada com bastante criatividade e inteligência, mais um ponto para seus idealizadores. A cerveja gelada, o clima agradável e o bar não cheio, colaboraram.

sábado, maio 10, 2014

Comida di Buteco 2014 – Bar Vanhargem – Copa Cubana

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Um grande boteco pode se reconhecer pelas paredes que ostentam os tradicionais azulejos de antigamente, pela cerveja gelada e pelo ambiente sem frescura. Assim é o bar vanhargem e foi nessa intenção que comecei a experimentar os pratos do Comida di Buteco edição 2014.

O prato deles esse ano pode ser considerado uma reinvenção do famoso frango a cubana, só que no lugar do frango eles colocaram carne de porco. Tirando essa “criativa” ideia, o restante não teve nada de inovador e por isso mesmo, para mim é um dos petiscos mais fracos.

A carne de porco, em cubos, estava bem temperada e macia, mas havia muito óleo no prato. A banana, em rodelas, a milanesa, estava perfeita. Junto a tudo isso ainda havia um “molho” de maionese que nada mais era do que maionese com algumas ervas e só.

Acho que eles pecaram pela falta total de originalidade e perderam uma grande chance de fazer algo que realmente se destacasse. A cerveja estava gelada como tem de ser e o atendimento dentro da média, mas poderia ter sido melhor.

terça-feira, maio 06, 2014

Diamante

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O pequeno pedaço de diamante exposto na vitrine da lojinha escondida a cinco quadras da principal casa de jóias da cidade, não dizia nada para todos os que passavam diariamente por lá. Apressados em seus passos largos, as pessoas não percebiam que naquela vitrine, de uma lojinha de pouquíssima expressão, estava uma jóia das mais raras. Ali, jogado, exposto como uma pedra qualquer, aquele diamante tinha exatamente o mesmo valor de um fragmento rochoso qualquer.

Perceber a beleza nas pequenas  coisas sempre foi fácil para ela. Artista autodidata, nunca precisou freqüentar cursos específicos para escrever lindas poesias em forma de canção e muito menos para inebriar a todos com a sua voz. Por conta disso que ao passar em frente aquela vitrine, a da lojinha escondida, que ela instantaneamente notou que ali havia uma pedra preciosa.

Em uma tempestade qualquer, em um dia qualquer, de um mês  qualquer, de um ano qualquer, ela ainda estava em volta pelas cobertas depois de uma noite de sonhos inebriantes. Um pouco de vinho ainda restava na taça e ao seu lado, ele dormia sem se preocupar com as gotas de chuva que se debatiam contra a janela produzindo o som característico de um dia perfeito para se curtir em casa. Ela admirou seu dorso nu e ele se aninhou em suas pernas, abriu levemente os olhos e sorriu.

Talvez não fosse tão tarde e muito menos tão cedo, talvez fosse a hora certa do próximo passo e por isso mesmo é que ela sacou da gaveta o lindo diamante, comprado por um valor qualquer, na lojinha distante e o ofereceu a ele. Um pedido, não de compromisso eterno ou de fidelidade cega, mas sim de parceria com alegria enquanto a vontade fosse mutua.

Quando o mais novo membro da família veio ao mundo eles já se davam por satisfeitos em saber que haviam triunfado na difícil tarefa de educar os filhos, conseguir ver o nascimento dos netos e manter a vontade de permanecerem juntos por todos esses anos. Eles estavam ali, de mãos dadas olhando pela janela o por do sol, pensando nos momentos difíceis, nas alegrias e em como tudo começou, quando ela descobriu aquele diamante na vitrine daquela lojinha distante.

O diamante propiciou o encontro que selou o destino de ambos e daquele momento em diante não mais se separaram, não mais se permitiram a solidão e compartilharam momentos.

Após tornar-se o mais novo Best seller mundial vendendo um milhão de cópias em um mês, o livro escrito por eles e que contava, em detalhes a historia desde o começo, quando ela encontrou aquele diamante abandonado na vritine de uma lojinha, ganhou todos os prêmios literários possíveis. Eles agora já se davam por satisfeitos e não mais queriam ou precisavam de tanta exposição. Mudaram-se para uma cidade ainda menor, para uma casa sem luxos e por lá permaneceram até que foram chamados para iluminar os céus.

sábado, maio 03, 2014

Você faria o que poucos fariam 2

voce faria o que poucos fariam

Pularia da cama direto para o chão sem paraquedas ou rede de proteção?

Faria ovos para o jantar com casca e tudo?

Moraria por cem anos no mesmo lugar, sem mexer em nada e nem piscar três vezes com o nascer do sol?

Trocaria de nome com o rapaz da lanchonete, compraria um disco do dia seguinte e poria a prova todo o seu conhecimento em física quântica espacial?

Você faria o que poucos fariam? Faria como quase ninguém faria ou seria mero espectador dos dias seguintes, vendo a vida passar mais rápido que uma bala?

Teria coragem de ousar de verdade e não se esconder atrás de uma tela brilhante? Escreveria versos simples de amor?

O que você poderia fazer se lhe fosse dada a chance de pertencer e não somente ser? Mudaria? Tentaria?

Eu já perdi o medo de escuro, mas só durmo de luz acesa.

sexta-feira, maio 02, 2014

Mais uma vez

mais uma vez

Vou conversar com você mais uma vez e dizer coisas bonitas no seu ouvido, mas não vou falar de amor, nem vou mencionar a dor que senti quando você se foi. Vou conversar com você mais uma vez para contar o que aconteceu desde que você partiu, o sol se foi e a chuva caiu.

Você pode até pensar que é mentira, mas eu fiquei muito bem, mesmo sem você. Você pode até não acreditar, mas eu resisti e não caí. Apesar de ser meu alicerce equilibrei a vida sem seus braços, corri perigo, mas sobrevivi e agora só quero te agradecer pelos momentos bons.

Caso alguém pergunte por mim diga que estou assim, melhor que ontem e pior que amanhã, preparado para o que vier.

quinta-feira, maio 01, 2014

Nova estação

nova estacao

Não é como aquela canção, não é como aquele verão, agora é real. Somos eu e você.

Não é porque não estamos juntos que eu não gosto mais de ti. Não é porque a chama se apagou que o carinho tem que terminar. O sentimento sempre permanece, as lembranças nunca se destroem.

O que passou serve de estimulo e o que ficou é o que vai ser usado como base para as novas descobertas.

 

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