Tantos fatos quanto você puder absorver e compreender, tantos fatos quanto forem necessários para o bom funcionamento do todo. O gerador de fatos aleatórios funciona como uma máquina de novidades, que todos os dias gera fatos nem sempre tão interessantes, mas sempre pertinentes, para que a vida tenha um sabor a mais.
O fato gerado ontem foi a morte de um famoso ator de filmes mudos do século passado. Ele já estava com idade avançada e condições precárias de saúde, mas mesmo assim permanecia lúcido e convencido de que o cinema falado em breve seria suplantado pelo cinema gestual. A morte desse grande ícone da cultura pop trouxe a tona um extenso debate a cerca dos fatos gerados aleatoriamente pelo gerador.
De um lado autoridades no assunto, como médicos, colunistas sociais e fotógrafos de revista e de outro os nerds, defensores ferrenhos das novas tecnologias. Médicos defendiam que os fatos deveriam acontecer espontaneamente e os fotógrafos e colunistas queriam ser avisados com antecedência dos mesmos.
Os nerds diziam ter condições de aprimorar os códigos e fazer com que o gerador fosse ainda mais inteligente, prevendo assim, possíveis conflitos de tempo e espaço na geração dos fatos. O certo é que o debate chegou ao fim sem nenhuma conclusão e muito menos consenso entre as partes.
O fato gerado hoje é esse que você está lendo agora, uma discussão inútil sobre métodos, formas e maneiras de se antecipar aos acontecimentos ou simplesmente controlá-los a distancia. Já não nos bastam às redes sociais e seus sistemas de localização, já não nos bastam o desejo coletivo de ver e ser visto, queremos mais. Queremos gerar o que acontece com as pessoas e poder antecipadamente saber onde, como, quando e porque, um fato aconteceu.
O gerador de fatos aleatórios ainda não existe, mas caminhamos a passos largos para sua criação.