Desde ontem o Rio de Janeiro, devido as fortes chuvas, se transformou em um caos, com ruas alagadas e transito parado nas principais vias. Ontem, sair do centro da cidade para chegar em casa era uma operação de muitas horas dentro dos veículos e aquelas que tinham a sorte de chegar cedo, ainda se deparavam com falta de luz nos seus bairros e uma série de outros problemas.
Se ontem a situação já se mostrava caótica, hoje ela permaneceu, pois a chuva não parou durante toda a madrugada e então, as ruas que já estavam alagadas, continuaram e aquelas que não estavam, ficaram.
Logo cedo pela manhã, as principais emissoras de rádio e TV do país, os jornais e os portais da internet, já alertavam sobre os perigos de se sair de casa por conta dos alagamentos. O prefeito da cidade pediu a todos os cidadões que ficassem em seus lares e suspendeu as aulas do município e as atividades dos órgãos públicos.
No momento que sai de casa, vi o prefeito na TV falando tudo isso e mesmo assim, peguei tranquilamente a minha condução e vim para o trabalho. Cheguei quase lá, sem maiores problemas e apenas me faltava um pequeno percurso que poderia ser percorrido a pé, mas que devido à chuva resolvi percorrer de ônibus.
Entrei no coletivo e até então tudo estava normal, o motorista fez um caminho alternativo e parecia que eu chegaria sem maiores senões ao trabalho, mas eu havia me esquecido de um detalhe importante nessa história toda.
Quando as coisas se transformam em caos é que realmente vemos quem são aqueles que estão preparados para enfrentar a situação e quem são os imprestáveis que vão ferrar ainda mais com tudo. E eles estavam lá, os imprestáveis não poderiam deixar que apenas a chuva atrapalhasse as coisas na cidade.
Eu penso que em uma situação em que todas as ruas se encontram alagadas, com a água chegando a mais de
Deve haver algum tipo de psicopatia ou desejo mórbido de ficar com o carro parado, em frente a um mundo de água, olhando e constatando que não há nada a ser feito senão esperar. Acho que seria muito melhor se esse imprestável esperasse em casa e não no meio da rua atrapalhando o transito e impedindo os ônibus de circular, pois eles estavam conseguindo passar por alguns trechos de alagamento.
Os grandes engarrafamentos que se formam e todo o resto, são agravados por imprestáveis que depois que colocam os carros nas ruas, se lembram que os mesmos não são anfíbios e param diante do alagamento para contemplá-lo. Alguém tem que avisar estas pessoas de que existe coisa muito melhor a ser feita.
Porque e para que, sabendo da situação, uma pessoa faz uma coisa dessas? Mórbido desejo? Tara por ruas alagadas? Vontade de aparecer na reportagem e dar entrevistas para os jornais?
Não sei e nem vou fazer força para saber, só peço a você, caro amigo imprestável, que repense e veja se realmente vale a pena fazer uma coisa dessas consigo mesmo e com os outros, que acabam pagando pela sua imprestabilidade.
Ps.: Já estava trabalhando quando um imprestável desses com o qual não queremos cruzar, me ligou perguntando por uma pessoa. Calmamente disse que a pessoa em questão não estava e que talvez, devido aos problemas na cidade, nem viesse ao trabalho.
O imprestável começou a me falar que precisava disso, daquilo e um de monte de coisas. Mais uma vez, calmamente, disse a ele que não poderia ajudá-lo, pois não cuidava da área em questão e solicitei a ele que enviasse um e-mail, pois a pessoa que ele procurava o responderia.
Nesse momento, o imbecil, digo, o imprestável, que também é um imbecil, me diz que não precisa, pois não era importante. Meu Deus, se não era nada importante, porque no momento em que eu lhe disse que a pessoa não estava, ele não agradeceu e desligou?
Para que me fazer perder tempo?
Chego à conclusão de que enquanto houver um imprestável nesse mundo, não poderei ficar em paz.