“Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável, é dor incrível”
Em um desses acasos do destino a vida pregou-me uma peça, uma daquelas bem doloridas, daquelas que não tem retorno. O destino vive disso, de peças, de arranjos, de surpresas e de dar um jeito de ferrar com tudo. A gente se vira, se arruma, cai no choro e até, quando dá, mesmo que demore muito, finge que passou. Nunca passa. Nunca cessa. O rio continua seu curso, mas as águas ainda permanecerão revoltas por um bom tempo.
Por mais força que se tenha, por mais vontade que se consiga ter, por mais pensamentos positivos que possam existir, uma hora sucumbimos às lembranças e elas vêm com força. Eu queria muito acreditar que tudo passa e que a gente esquece, mas não é isso que acontece. As lembranças não são mais como antes, mas permanecem como um incomodo brando, um incomodo que nos faz desejar que pudesse ser de outra forma ou quem sabe em outra época, com uma visão diferente das coisas.
Mesmo sabendo que a perda é inevitável, mesmo sabendo que o que importa é a felicidade, eu me ressinto por não poder fazer parte de um futuro que sempre imaginei.
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