Sai a governanta, a presidenta e entra o vice, o articulador. As peças agora são outras, as mudanças acontecem como que em um passe de mágica, mas as brigas continuam. O embate entre os “coxinhas” e os “mortadela” não termina. De um lado os que pedem tempo para que o novo possa atuar e do outro os que não reconhecem o atual governo e querem que tudo mude outra vez.
Com as peças que temos no momento qualquer mudança sempre será uma troca de seis por meia dúzia e ouso afirmar que não teremos, por um longo tempo, peças de qualidade para a reposição. Nossos homens e mulheres no poder não tem condições de realizar mudanças profundas porque dependem da ajuda de várias pessoas para isso. Um pensa, outro redige, um ultimo assina e vários votam. Caso os interesses de um destes não sejam atendidos, todo o processo tem de ser refeito. É assim que as coisas funcionam em nosso país, foi assim que perdemos uma e ganhamos outro. Será assim que vamos a duras penas tentar reerguer o “gigante”.
O diferente de outras épocas é que agora estamos divididos. Todos “querem” o bem do país, mas ninguém concorda em pelo menos, tentar entender o ponto de vista do outro, ver as coisas de outra maneira. É mais cômodo e fácil acusar, criticar, xingar e em alguns casos agredir, do que sentar e conversar civilizadamente. Ironias, frases de efeito e piadas pejorativas são o que mais vemos por aí.
Ninguém ganha com isso, todos perdem e o país perde ainda mais. Cada um faz o seu, rema para o seu lado e todo mundo afunda.
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