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Não raro nos impressionamos com aquele ser do outro mundo que aparece na nossa frente, um ser cheio de qualidades e atributos, tem inclusive mais adjetivos que o dicionário. É letrado, fala diversos idiomas e tem todos pré-requisitos para ser aquilo que mais esperamos que ele seja.
Não raro também, entramos pelo cano e aquele ser do outro mundo, com todas as suas qualidades e atributos, o mesmo que tinha mais adjetivos do que o dicionário e sabia dizer eu te amo em mais de 100 línguas, se mostra um tremendo embuste. Nada mais do que uma linda casca sem nenhum recheio por dentro.
Desconfie sempre quando lhe apresentarem algo como sendo o supra sumo da fruta, pois as descrições da embalagem quase nunca correspondem ao conteúdo, ou você já conseguiu comer um hambúrguer igual ao da foto que ilustra a lanchonete? Acho que não. E é por isso, que por mais que lhe vendam algo ou alguém como sendo excepcional, você deve se certificar primeiro, de que está mesmo diante de tal coisa.
Estratégia de marketing ou pura enganação?
Nenhuma das duas coisas, você apenas não se perguntou antes, se estava mesmo precisando de um produto tão bom ou não verificou se o seu produto tão bom, estava pronto para as tarefas que você precisava que ele cumprisse.
Para andar pelas ruas da cidade a no máximo 80 quilometros por hora, você precisa apenas de um carro e não de uma Ferrari, mas muita gente acha melhor ter uma Ferrari e depois descobre (As vezes tarde demais) que a Ferrari não era boa demais para aquela tarefa.
Poderia se aplicar a mesma teoria quando se contrata um arquiteto renomado para virar uma laje ou levantar um simples muro de tijolos. O arquiteto continuará sendo renomado, mas para essa tarefa, ele pode não ser tão útil quanto um pedreiro e aí você vai ficar se perguntando se não levou gato por lebre.
Atenção aos detalhes.
Sempre que vejo uma dessas “deusas”, que parecem saídas do imaginário, me pergunto se é tudo isso mesmo ou se não estou vendo uma bela embalagem e desprezando o principal, o conteúdo. Em um primeiro momento, é claro que vou me guiar pela embalagem, mas jamais, vou me deixar levar apenas pela forma, sem analisar o todo.
A Geyse da Unibam, hoje, por fora, pode parecer um mulherão, desses de parar o transito (Tá, eu exagerei), mas se você focar nos detalhes, vai ver que continua a mesma do vestido rosa, sem tirar e nem por.
Indo por essa linha de raciocínio, veja com atenção a embalagem, mas não se deixe levar apenas pelo que está escrito em letras garrafais, dê uma boa lida também nas letras miúdas e se certifique de estar levando aquilo que precisa, sem mais e nem menos.
Para que um homem bilíngue e com pós doutorado em Haward, se na hora H ele não sabe fazer o básico?
