As horas, foram deusas gregas e no principio eram três filhas de Zeus e Têmis. Seus nomes eram Eunômia, Dicéa e Irene.
Depois disso, mais duas horas foram criadas e elas eram Carpo e Talate ou Talata. Mais adiante os gregos dividiram o dia em doze partes iguais, criando assim as doze horas a serviço de Zeus, as doze irmãs.
Elas eram: Talo, Carpo, Auxo, Acme, Anatole, Dysis, Dicéia, Eupória e Gymnásia. Elas eram consideradas guardiãs da ordem natural, do ciclo anual de crescimento da vegetação e das estações climáticas.
Inspirado nas horas, surgiram as minhas 24 mulheres, que depois soube serem deusas gregas e que estão juntas agora, neste post e nos textos abaixo.
Adriana
Seus olhos não escondiam a aflição do momento e era fato, ela estava nervosa demais para o momento. Não era domingo e nem segunda, muito menos terça ou quarta. Seria numa quinta feira, em um dia improvável para todos, que tudo aconteceria.
Com o avanço das horas o nervosismo deu lugar ao choro desenfreado e ela realmente não conseguiu, caiu no choro. Em seu pranto balbuciou palavras desconexas e voltou atrás, deu um passo em falso, mas se equilibrou a tempo e não caiu.
Seus longos fios dourados ainda repousavam em seu rosto quando tudo aconteceu, ela se apaixonou e foi correspondida, mas um dia ele se foi e ela acreditou no fim.
Aline
Embrulhada para presente e que presente.
Aline era o tipo de mulher que todas as outras têm inveja. Elas invejam o sorriso de Aline, os olhos de Aline, a pele de Aline, os cabelos de Aline e invejam mais ainda o fato de Aline ser cobiçada por todos os homens da face da terra.
Ela foi prometida a Alceu e a ele, como prometido, se entregou. Não de corpo e alma, pois isso seria demais, até mesmo para o Alceu, que mesmo sendo o homem mais rico da cidade, não tinha cacife para tanto. Ela apenas se entregou e pronto, cumpriu a promessa.
Depois do Alceu, todos aqueles que puderam pagar por ela a tiveram. Nunca de corpo e alma, mas a tiveram.
De corpo e alma mesmo ela só entregou ao balé, que praticou desde os cinco anos de idade até hoje. Nas folgas do balé, ela continua se entregando e causando inveja em todas as outras.
Amanda
Depois de sorrir, ela olhou para trás e se levantou da cama.
Já estava dormindo há mais de dez horas e o momento de se levantar e encarar a vida era aquele.
Amanda Junqueira Almeida de Souza, nome pomposo para uma mulher simples. Uma mulher que acorda de cabelo em pé e sem maquiagem no rosto. Uma mulher que chora vendo novela e não acha a mínima graça das cantadas de pedreiro que ouve por aí.
Ela foi escolhida em um processo seletivo para ser a nova executiva da grande multinacional de produtos importados da China e não estava apenas feliz com isso, estava radiante e novamente disposta a assumir a sua condição de dona senhora da situação.
Havia terminado o namoro com o Carlos há doze horas atrás e isso a dava forças ainda maiores de encarar de cabeça erguida, mas esse novo desafio. Amanda realmente estava pronta para o que desse e viesse.
Não fosse ela essa mulher apaixonante e talvez nada disso ocorresse. Não fosse Amanda um poço de inteligência no corpo de uma deusa e talvez ela agora não estivesse sentada em sua sala de alguns metros quadrados contemplando o mar e vendo o horizonte.
Enfim, pensou Amanda, mais um longo dia para se ter alegria.
Barbara
Quem disse serem azuis os olhos de uma ninfa?
Quem disse não existirem fragmentos de felicidade atrás de lindos sorrisos?
Quem disse isso não se arrefeceu de paixão e nem viajou na imensidão. Quem disse isso não era desse mundo e muito menos pretende ser.
Sonhei com as estrelas e vi o luar no meio do céu azul. Sonhei com as nuvens e vi o sol no meio da tempestade. Sonhei com o amor e vi Barbara ao meu lado na cama.
Durma com os anjos meu amor.
Bianca
De nada adianta ser tudo aquilo que pensamos ser se ao mesmo tempo não somos nada daquilo que desejamos. Uma encruzilhada é onde nos encontramos e nos perdemos.
O som abafado da guitarra e os lamentos de um solo rápido de bateria, a banda não tocou naquele dia. Nós perdemos a aposta com o futuro e não vivemos o presente. Só o passado nos restou.
A velha jaqueta de couro, corroída pelo tempo está lá no mesmo lugar, intacta. Sobreviveu ao fim e resistiu as nossas brigas por nada. Eu te amei, mas não fui correspondido e isso acontece.
Você se escondeu o quanto pode e nunca lhe achei, nunca quis. Encontrei-me em seus braços durante muito tempo fui a sua vida, hoje sou apenas mais um em suas memórias.
Uma última dança, um próximo beijo e quem sabe o adeus.
Bruna
Uma grande peça de salmão grelhado foi à senha para Bruna pedir por mais uma taça de champagne. O tempo se esgotava, o relógio marcava as horas finais do dia e ele não aparecia.
Ele nunca ia aparecer e o fato de saber disso a deixava ainda mais possessa. Quinze taças depois o bar já estava fechado.
Sentada na calçada com seu vestido branco ela admirava o nascer do sol, sabendo que de agora em diante teria de escolher melhor o próximo noivo, para não ser novamente abandonada no altar.
Camila
No dia em que as mulheres se derem conta de que o mundo é delas, esse mundo não será mais o mesmo. A começar pelo toque feminino que ele vai ganhar e depois por tudo de bom que elas têm a nos oferecer.
As mulheres e seu ar especial podem tudo o que quiserem e porque não, dominar o mundo. Basta que se dêem conta de que tem poder suficiente para isso e elas o farão.
Sorrisos, perfume inebriante e aquele olhar penetrante. Com essas armas, uma mulher consegue derrubar o mais forte dos homens e colocá-lo em seu devido lugar, que é a seus pés.
Por essas e outras que Camila nunca me deu bola. Se ela pode conquistar o mundo, para que vai perder tempo comigo.
Carla
Carlinha cheia de carninha. Que adorável mulher para um dia de sol e que audaciosas curvas para as noites de frio.
Carla é mulher para muitos talheres, mas só um come naquele prato. Esse um é sem sombra de dúvidas um cara sortudo.
Ou deveria ser, se não fosse o maior Mané do pedaço, um Mané daqueles de se tirar o chapéu.
Falar do Hugo é complicado, pois o cara conquistou a Carla mesmo sendo um Mané de marca maior. O Hugo é aquele tipo de cara que passa horas lustrando o bólido, se olhando no espelho e arrumando o cabelo.
Não gosta dessa coisa de romance e só leva a Carla no cinema se o filme for do Vin Diesel.
O que a Carla faz ao lado dele? Eu me pergunto isso todos os dias, mas é uma pergunta sem resposta.
A Carla gosta dele, ele se sente bem ao lado dela e ambos são felizes assim.
Às vezes o que pensamos ser o mais improvável, se mostra como sendo o mais acertado.
Carolina
Carolina é uma menina bem difícil de esquecer
Andar bonito e um brilho no olhar
Tem um jeito adolescente que me faz enlouquecer
E um molejo que não vou te enganar
Maravilha feminina, meu docinho de pavê
Inteligente, ela é muito sensual
Te confesso que estou apaixonado por você
Ô Carolina isso é muito natural
Ô Carolina eu preciso de você
Ô Carolina eu não vou suportar não te ver
Carolina eu preciso te falar
Ô Carolina eu vou amar você
De segunda a segunda eu fico louco pra te ver
Quanto eu te ligo você quase nunca está
Isso era outra coisa que eu queria te dizer
não temos tempo então melhor deixar pra lá
a princípio no Domingo o que você quer fazer
faça um pedido que eu irei realizar
olha aí amigo eu digo que ela só me dá prazer
Essa mina Carolina é de abalar, ô
Ô Carolina eu preciso de você
Ô Carolina não vou suportar não te ver
Carolina eu preciso te falar
Ô Carolina eu vou amar você
Carolina, Carolina
Carolina, preciso te encontrar
Carolina, me sinto muito só
Carolina, preciso te dizer
Ô Carolina eu só quero amar você
Claudia
Claudia amava Bia que amava Lívia. Lívia amava Claudia que amava Bia.
Um trio cheio de amor para dar, mas sempre para aquela que queria o amor de outra.
Claudia insistia o quanto podia e lutava todos os dias pelo amor de Bia, mesmo sabendo que Bia amava Lívia e que Lívia a amava. Difícil para Claudia era compreender o porquê Bia não podia amá-la.
Depois de muito tentar e inclusive implorar por uma chance, Claudia decidiu usar os serviços de uma profissional e para isso recorreu à madame Léia, aquela que trás a pessoa amada em três dias e quarenta e cinco minutos.
Madame Léia, mesmo sabendo ser um caso difícil, disse conseguir seu intento com o acréscimo de apenas alguns dias para que a magia funcionasse. Claudia saiu de lá feliz e esperançosa de em 23 de Janeiro de 2035, poder comemorar ao lado do seu grande amor.
Daniela
Lá vem ela desfilando calmamente, deixando quem estava saudável doente, fazendo até o mais triste ficar contente. Lá vem ela desfilando com ardor, mostrando a todos o seu esplendor.
Quem é ela? O que ela quer? Será que apenas quer enlouquecer? Quem segura essa donzela?
Será que algum dia ela vai me conhecer? Daniela a menina bela, aquela que passa e ilumina a passarela.
Débora
Para poucos iletrados ela tem um namorado. Ninguém viu, ninguém sabe se ele existe, mas para uns poucos iletrados, ela tem de fato um namorado.
É um cara descolado, recém formado em direito e com jeito de galã. Para conquistar a Débora, dizem uns poucos iletrados, ele teve de obter um doutorado na arte da conquista.
Saiu da Barra da Tijuca e foi tentar a sorte em Madureira. Deixou o amor pela Mangueira e se apaixonou pela Portela. Tudo para ficar com a Débora, tudo para tê-la em seus braços e nunca mais perdê-la.
Poucos iletrados, desses que não passaram no vestibular da vida, continuam afirmando que a Débora tem dono, mas foi ela quem me disse e bem ao pé do ouvido, antes de sairmos do motel, que o dono dela já morreu e quem manda nela sou eu.
Aí Mané, perdeu!
Elaine
Se meus cabelos brancos conquistados ao longo de setenta anos bem vividos pudessem servir de prova daquilo que fiz, ficariam corados todos os que cruzassem comigo pelas ruas da cidade. Eu jamais serei uma santa e fui muito mais ousada em minha juventude do que vocês possam imaginar. Fui a moça que todos queriam na cama, mas longe do altar.
Fui a messalina que destrói casamentos e lares, fui a despudorada que faz sexo a qualquer hora do dia e em qualquer lugar, fui a vingativa que atira assusta crianças por prazer, enfim fui a mulher que todas as outras queriam eliminar.
Os homens sempre quiseram me usar e sempre puderam fazer isso, desde que é claro, eu permitisse ou quisesse que um desafortunado desses colocasse a mão em meu corpo mais que maculado.
Nunca tive receios e nem medos infundados, nunca me preocupei com as puritanas e carolas da vida. Fiz sexo mais vezes do que escovei os dentes pela manhã, me despi tantas vezes que roupas para mim sempre foram mero acessório.
Tive dez noivos e nenhum marido, tive mais de cem namorados e todos traídos sem dó e nem pena. Uns com o primeiro que aparecia, outros até com o próprio pai ou irmão. Nunca me preocupei com essas coisas, estava com o corpo ocupado demais para pensar em bobagens.
Hoje aqui estou, com o peso da idade batendo a porta e sem nenhum remorso por algo que eu fiz. Nunca pedi e nem devo, desculpas a ninguém, fiz o que tinha de ter feito e só me arrependo de não mais poder ser como antes.
Quando se tem setenta anos, algumas partes do corpo não correspondem mais da maneira que se deseja e mesmo estando em plena forma, tenho mais dificuldades de encontrar quem me queira.
Mas o que seria do branco se todos fossem azuis? O que seria dos homens se todas as mulheres fossem entediantes? Eu nunca fui e nem serei, portanto, se você não se importa com alguma pele sobrando e com alguma falta de flexibilidade, me procure e te mostro que ainda não desaprendi o oficio.
Uma vez vagabunda, sempre vagabunda.
Elisabeth
Tudo fica bem quando termina bem. É isso!
Vou colocar no meu dicionário de termos que não devemos nos esquecer, que tudo fica bem quando termina bem. Simples.
Falo isso porque conheci Elisabeth, uma doida varrida, mãe de dois pimpolhos e forte como um touro. Mulher de fibra, coragem e ousadia.
Encontrei-me com Elisabeth depois de um dia de trabalho, eu tomava o meu Chopp e ela limpava as mesas do bar. Perguntei-lhe pelo garçom e ela resmungou alguma coisa. Achei estranho, puxei mais papo e lhe dei uma carona para casa.
Ela morava no subúrbio, longe de tudo e de todos, mas morava bem. Dois andares construídos com esmero e gosto. Quase não acreditei quando vi que na garagem, dois carros importados e ela me disse que foram fruto de trabalho suado.
Grande Elisabeth. Limpando mesas construiu um palacete e comprou dois carros importados. Criava dois filhos e se virava para voltar todos os dias do trabalho para o subúrbio. Como?
Foi o que perguntei a ela em um misto de surpresa e espanto. Ela simplesmente me disse, sem nenhum constrangimento: “Doutor, tudo fica bem quando termina bem”
Continuei sem entender, mas nada mais perguntei, por se tudo fica bem quando termina bem, porque eu iria discorda se tudo estava bem.
Ester
Ester me procurou as dez e eu estava ocupado demais para lhe dar o que ela queria. Me procurou de novo as onze e eu ainda estava ocupado demais para lhe dar o que ela queria.
O dia inteiro por ela fui procurado e o dia inteiro, para ela estive ocupado. Uma pena para mim, pois ela só queria sorver o meu néctar e me ter por inteiro como seu.
Ela nunca mais me procurou e de certo a outro encontrou. Sorveu seu néctar, o teve por inteiro e de mim se esqueceu.
Fernanda
Rata de praia, Tatuí da areia, mulher sereia. As ondas molhavam seu corpo e o sol o aquecia.
O bronze era a sua cor e o sal do mar o seu protetor. Fernanda era assim, vivia no mar e para o mar.
Cruzou o meu caminho quando eu tinha apenas vinte anos, mas só ficamos juntos quando eu tinha apenas trinta anos. Nos separamos quando ela tinha trinta e cinco e voltamos a nos encontrar quando eu tinha cinqüenta.
Hoje estamos juntos novamente, só em pensamento, eu moro nas ondas e ela no meu coração.
Maria
Morrendo de amores por ela eu não sei como resisti a sua partida. Morrendo de amores por ela eu não sei como vivi tanto tempo sem lhe ver.
Ela passou e eu fiquei. Hoje estou só e ela melhor, pois sem mim não sofre mais desilusão e nem morre de paixão.
Maria, quem me dera, tê-la para sempre, quem me dera.
Mariana
Um sorriso, apenas um sorriso e nada mais.
Encantadora, sensual e mais do que isso, a mulher dos sonhos de todos os homens.
Com seu jeito meigo, me conquistou. Com seu olhar direto, me encantou. Com suas palavras doces, me fez seu e para sempre me terá.
Me pede o céu e lhe mostro que ela brilha mais do que as estrelas. Me pede o mundo e lhe mostro que ela representa o universo.
Não pede nada e lhe dou meu coração.
Milena
Um beija flor beijou a rosa e dela sentiu o perfume. Um beija flor beijou a margarida e dela levou o pólen.
Campos verdes e floridos. Sol a pino e pétalas a deitar no solo. Um balé de cores e amores, odores e sabores. Um balé de vida.
Coisa viva e vibrante. Um véu ao leu, o azul do céu e ela a me fitar com seu olhar. Milena a ninfa, deusa menina, a me enfeitiçar.
Renata
Ingrata? Não, apenas Renata.
Para os invejosos um queijo, estragado é claro. Para os fãs e admiradores em geral, um beijo.
Vestido longo papai adora, mamãe aceita, mas ela ignora. Vestido curto papai não quer, mamãe ignora e ela adora.
Beijo na boca? Coisa de criança, Renata agora é mulher direita e uma boa cama ela não rejeita.
Se a vida privilegia os belos, Renata é mais que privilegiada, pois além de bela sabe usar a beleza que tem para conquistar o quer.
Uma qualquer? Não, apenas Renata.
Simone
Fez tanto drama, tanta celeuma, que agora se vira para morrer sozinha.
Nunca foi mulher de fato e de direito, apenas quis se deitar no meu leito e fazer bem feito.
Nunca fez e fica aí metendo essa marra de cão, achando que eu vou tremer na base. Se liga no lance, desperta para a vida, se joga ao vento e não perde mais tempo.
Catar coquinho ninguém quer, deitar a sombra e curtir a brisa todo mundo aceita de bom grado.
Te vira para morrer sozinha e coloca na lápide: aqui jaz aquela que foi sem nunca ter sido.
Suzana
Aqueles lábios que ninguém beijou, aquela boca que ninguém tocou. Oh Suzana e suas manias, Suzana e seus delírios.
Sempre foi tida como santa, sempre foi dada como pura e seus lábios ainda permanecem intactos. Ninguém ainda os tocou, ninguém ainda os “estreou”.
Suzana e seus lábios carnudos, vermelhos, lábios de paixão e desejo.
Todos sonhavam com eles, mas ela era inocente demais para permitir que os maculassem assim, de qualquer maneira. Era abuso demais qualquer um chegar e deles querer se apossar.
Virgem? Ela não era mais, seu corpo já havia sido violado. Tal e qual um cofre que se abre sem que se quebre a tranca. Seus lábios permanecem puros e belos, pois Suzana não é qualquer uma de se dar assim.
Vanessa
“Vai nessa Vanessinha! Desce até o chão! Se joga!”
E não é que ela se jogou mesmo. Vanessa é tipo de mulher que não tem frescuras quando o assunto é diversão, ela vai com tudo e só sossega quando a festa chega ao fim.
Baladeira que nem ela está para nascer, essa menina adora uma night, não dispensando nem mesmo um bailão sertanejo. Desde que é claro, esteja acompanhada de seus inseparáveis amigos.
Vanessa e a grande turma da faculdade. Todos se conheceram no primeiro período, mas estreitaram mesmo os laços lá pelo quinto e hoje não se desgrudam mais.
Vanessa já ficou com dois do grupo e no momento está de olho no mais novo, amigo de sua melhor amiga e o maior gato do pedaço. O que ela não sabe, é que ele, da fruta que ela gosta, come até o caroço.
Mas e daí, para Vanessa, mais um motivo para festa. Vai nessa!
Viviane
O fim do ano não é mais o mesmo desde que Viviane se mudou. O meu fim de ano não é mais o mesmo há muito tempo e não apenas porque Viviane se mudou e sim porque ela me deixou.
A questão não é a beleza dela, muito menos o seu jeito especial de ser e sim o fato de que sem ela, sou apenas mais um errante nesse mundo. Um errante como muitos que não tiveram e nem vão ter o prazer de uma Viviane em suas vidas.
E se isso não for amor, o que será? Simples dependência? É muito mais, é algo que eu não sei explicar e muito menos quero tentar entender. Só de sentir o que sinto por ela, toda e qualquer teoria ou explicação se faz desnecessária.