quinta-feira, abril 09, 2015

Abismo

abismo

Em muitos momentos eu canso de correr atrás, de buscar respostas, de tentar compreender as perguntas, de ter que ser quem nunca desejei. Por mais humano que eu seja, em diversos períodos de tempo eu desejo muito ser algum tipo de robô, sem sentimentos, apenas metal e engrenagens. Os sentimentos não são ruins, mas são dolorosos. Fazer de conta que nada aconteceu quando se quer explodir, sorrir quando se quer chorar, calar quando se quer gritar.

Por dentro a dor é tanta, tamanha, que parece que não vai ser possível continuar. Por fora a aparência não condiz com o que se passa no fundo do peito. O sangue ainda corre nas veias, os olhos ainda brilham, os lábios dizem as palavras certas no momento errado e tudo o que importa não faz nenhum sentido.

Cadeiras no meio da sala esperam por um corpo, talvez o meu, talvez o de alguém nunca virá. O espaço entre o que sinto e o que realmente demonstro, é um abismo de onde não consigo sair.

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