- Cinco dias inteiros sem dormir.
- Como você conseguiu?
- Fui obrigada.
- Obrigada?
- A coisa aconteceu e quando vi, já estava lá, noite virada, madrugada insone, esperança nenhuma de conseguir colocar a cabeça no travesseiro e descansar.
- Tipo uma insônia das brabas...
- Pior que isso. Sabe quando nada resolve e você não se dá conta disso, então, foi assim.
- Mas você sabia que estava acordada, sabia que precisava dormir.
- Sabia apenas que a coisa estava acontecendo, mas não sabia o porquê e nem como.
- Então você estava sem dormir e não sentiu vontade de dormir, mas ainda assim, não considerou isso como sendo algo grave?
- Não considerei nada porque a coisa foi acontecendo, apenas isso.
- Coisas assim não acontecem sem serem percebidas.
- O fato é que eu não considerei a hipótese de dormir, não pensei nisso, apenas segui fazendo as coisas na sequencia em que elas aconteciam. Li um livro, vi um filme, arrumei a casa, fui trabalhar, segui o fluxo e só.
- Notou que você fez isso por cinco dias seguidos?
- No sexto dia, quando bocejei por volta das oito da noite vi que estava com sono.
- Loucura isso.
- E não é!
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