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E lá vou eu, de chinelo de dedo, pelo meio da rua, andando devagar. Pra que correr, para que se estressar, para que sofrer, eu vou chegar de qualquer jeito.
Um dia fui menino, fui moleque, de jogar pelada na rua, arrebentar o dedo no paralelepipedo e não no asfalto de hoje em dia. Já soltei pipa, cortei o dedo com cerol, já brinquei de "marimba" e joguei queimada até o sol sumir.
Ja tive sonhos e amores. Paixões para toda a vida e para uma vida inteira, paixões de um dia, de uma noite, uma semana, um carnaval, enfim paixões. Passei por poucas e boas, mais boas do que poucas, graças a Deus e hoje estou aqui, não sei onde vou parar, mas estou aqui.
Não resisti ao progresso, me curvei as tentações modernas e hoje estou aqui. Me vendi ao estrangeiro. Maculei o meu nome, destrui a minha tradição e hoje estou aqui.
Não sou mais o Bar Luiz do passado, mas ainda estou aqui. Não tenho mais o melhor chopp, abandonei meus parceiros de balcão, de mesa e de copo, mas ainda estou aqui.
Se quiser, venha, mas não se espante, tudo muda e eu infelizmente também mudei.
Ps.: Não para melhor, como quer nos fazer crer a Femsa e seu comercial de uma página, nos principais jornais da cidade. Uma pena.
Ainda bem, que não estou sozinho nessa:
O X da questão: Site da vompar
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