sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Louco eu?!

Um amigo escreveu sobre um post (Eu só quero é ser feliz):

 

louco

 

“Pra que desejas sair do mundo dos loucos? Tu achas mesmo que o mundo dito "real" é mais real que o de muitos loucos? Napoleão era louco? Talvez Nietzsche, que morreu conversando com um cavalo e é o pai da filosofia moderna? Talvez Sócrates? Platão? Rosseau? Quem sabe Sartre? Eu? Você? O mundo todo? Pq procuras uma chave que não existe?
A vida é o agora? Viva, Ame, Plante, Xingue, ajude, chore, sorria, ampare, perdoe, mas acima de tudo: Ame, Agradeça a Vida, a família, os amigos, o ar que respira, os sofrimentos, pois são eles que te farão crescer, agradeça a tudo, pois muitas vezes reclamamos pelo que não temos, por receber além do que merecemos.
Abraços”

Depois de ler esse recado, obrigado amigo, me peguei a perguntar se realmente eu era louco ou se eu apenas estava no mundo a passeio. Depois de muito pensar eu não cheguei a conclusão alguma e acho que não só eu, como todos nós, assim como disse o meu grande amigo, somos loucos em potencial.

Mas o que é a loucura? Tenho uma amiga que é psicologa e quem sabe ela possa me responder a essa questão. Acho que essa questão nos leva sempre para o mesmo caminho, caminho esse que não vai dar em lugar algum, porque os loucos o são apenas porque em seus momentos de loucura, conseguem fazer aquilo que para todos os outros poderia parecer impensavel.

Meu amigo citou Napoleão e como sabemos, este foi um dos maiores loucos da história, mas foi um louco que ousou conquistar o mundo do seu jeito e quase conseguiu. Como todos somos loucos e parecemos ser normais, a maior parte do tempo procuramos fazer justamente aquilo que achamos que as pessoas acham que é o normal, mas muitas vezes a nossa visão de normal não é a mais “correta”.

Como o certo e o errado não existem, ficamos sempre à margem, sem saber se estamos ou não sendo normais. Quando conhecemos uma pessoa interessante, o nosso lado mais racional tenta se sobrepor ao lado louco e aí começamos a querer que as coisas aconteçam como se a vida seguisse um script.

O primeiro encontro tem de ser perfeito, as coisas tem de funcionar, não podemos deixar que a nossa loucura espante essa pessoa interessante e nem que nos mostremos de maneira diferente do resto das pessoas. O nosso medo é que a loucura mostre a nossa real personalidade e que quem sabe essa pessoa interessante seja real demais para conseguir entender que todos temos nossos momentos de “confusão” interior.

Jamais devemos esconder que somos seres humanos e como tais, somos sujeitos a mudanças de humor e temperamento. Somos deverás instaveis e complicados, somos loucos por querermos ser normais em um mundo onde todos apenas fingem viver, mas apenas se escondem de si mesmos.

Domingo, depois de subir ao primeiro morro do pão de açucar através de uma trilha com esse meu amigo e mais outros amigos, vi que a vida que vivemos encapsulados atrás de paredes e iluminados por um monitor, seja de tv ou de um computador, é a vida que querem que levemos. Não querem que sejamos loucos para desbravar o mundo, não querem que conheçamos as maravilhas existentes e nem que façamos o que tem de ser feito.

É isso, como diz meu amigo, gente conhece gente que conhece mais gente e no fim todos estão lá, um monte de loucos vivendo em um mundo de loucos no meio do caos.

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