quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Por quanto tempo?

 

familia

 

Depois do post: Daqui até a eternidade, começamos um debate sobre o tempo de duração dos relacionamentos e muitas foram as respostas, mas na minha mente, nenhuma conclusão.

Realmente os relacionamentos podem durar por décadas e até por uma eternidade, mas o amor também tem as suas limitações enquanto sentimento e são essas limitações que podem terminar com uma relação duradoura.

O amor é um sentimento fraco e sujeito as mudanças climáticas e de humor, pois o amor depende de seres humanos e como sabemos, os seres humanos são instáveis. Em seus momentos mais “dramáticos” os seres humanos destroem o amor acabando com tudo de bom que foi construído ao longo de anos e anos.

Meus pais foram casados por 25 anos até o falecimento de minha mãe, outros casais conhecidos já estão juntos há mais de 30 anos e alguns outros estão começando a viver um caso duradouro. Todos tem em comum a esperança que carregam de que o amor será eterno enquanto dure, mas se ele precisa ou tem um prazo de duração, não pode ser eterno.

Portanto é errado esperar pelo amor eterno ou pela eternidade do amor, porque ela nunca virá e sempre viveremos a ilusão da felicidade imaginária, uma felicidade que não existe e tem de ser renovada a todo o momento. As pessoas fingem estar bem consigo mesmas e com a situação que vivem, mas sabem que apenas estão mascarando a realidade.

Um filho pode ajudar? Não, pode simplesmente piorar as coisas e acelerar o término de tudo. Neste momento você deve estar pensando que eu não acredito no amor, que sou um pessimista inverterado e infeliz, mas muito pelo contrário, eu sou um eterno apaixonado pela vida.

Por acreditar no amor é que escrevo sobre o mesmo e procuro respostas que sei que não vou encontrar a respeito das relações e de tudo que as envolve.

Não acredito em subterfúgios para salvar uma relação fálida e para mim, filhos são um tipo de subterfúgio desnecessário nos momentos em que uma relação já não mais existe. O homem se torna satisfeito de ter feito a sua parte e a mulher assume o onûs de todos os nove meses de gestação achando que ao fim de tudo aquela criança será um novo elo de ligação entre os dois.

A realidade é que os problemas que uma criança traz apenas se somam aos já existentes e aumentam ainda mais o abismo entre o casal. Os quarenta dias depois da gestação, o choro na madrugada, as preocupações com o futuro e todas as outras dezenas de coisas que um filho precisa nos primeiros anos, são motivos suficientes para que algo que já está ruim, fique ainda pior.

Antes de ser assassinado a facadas, tenho de dizer que adoro crianças e ter um filho é um dos planos para o futuro. Por isso acho que uma criança não pode ser usada como superbond de relações fracassadas.

Como já disse, o assunto é complexo e nos leva a várias interpretações, mas apenas quem vive, viveu ou está vivendo um amor de verdade, pode saber o rumo que o mesmo irá tomar. Ame com liberdade e seja feliz, porque da vida só levamos as lembranças.

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