Foram pequenos momentos bons em que sentados olhando um para o outro, riamos do nada. Riamos do nosso dia a dia, dos nossos desencontros, dos nossos encontros e de nossa eterna busca por breves instantes de bem viver.
Aquelas risadas descompromissadas no meio de conversas sérias demais para serem realmente levadas a sério, faziam seus olhos brilharem e os meus refletirem esse brilho. As noites levavam horas para terminar e as horas sem fim que ficávamos juntos eram as melhores de toda a minha vida. Também da sua.
Simples nos unir por um bom sorriso sincero depois de uma falsa exibição cinematográfica ou depois de caminhadas em direção ao mais novo velho point da cidade, aquele em que íamos todos os dias.
Éramos assim, gostavamos de compartilhar emoções e momentos cotidianos que transformavamos em especiais com nosso riso incontido. Eu era o palhaço do picadeiro, você a boba da corte, nós a síntese da alegria de se estar com quem faz com que tudo fique bem.
Quando você pensava em chorar com certeza íamos sair por aí. Quando a tristeza me ameaçava, com certeza estar com você mandava ela para bem longe. Nós éramos assim dois loucos fazendo um ao outro felizes em meio a tantos desencontros e correria.
Eu quero rir com você como da ultima vez, mas agora não dá e talvez nunca mais seja igual. O vento leva aquilo que o tempo nos deu e é tão rápido que leva também um pedaço de nós.
