Pode não parecer, mas é assim que eu me sinto todas as vezes que você não me vê. Todas as vezes que estou ao seu lado e você parece procurar por outro alguém. Todos os momentos em que você deseja não estar ali.
Sentir as coisas com mais intensidade é minha especialidade preferida e nos dias frios ela se intensifica de tal forma que nem consigo respirar direito. Voltei a entrar em crise, não deu para segurar a barra toda sozinho. Uma hora eu piro mesmo e aí é melhor colocar para fora do que continuar absorvendo todo esse veneno.
As barras mais pesadas sempre sobram para quem se lança a frente e porque não aconteceria comigo, que sempre me joguei de cabeça sem olhar se havia algo no fundo. Será que pensei que era de ferro? E a ferrugem que corroí?
Olho em volta e as pegadas dos lugares por onde passei, me distraem enquanto organizo os pensamentos dentro daquilo que muitos chamam de cérebro, mas que prefiro chamar de caixa das tormentas.