Era apenas, tão somente um pedacinho de papel jogado ao chão. Um coração desenhado em um pequeno pedaço de papel, jogado ao chão.
Tudo o que se queria ver, saber e compreender era o porquê daquele pedaço de papel jogado ao chão. O porquê de tanta entrega sem sentido.
Mais inerte do aquele pedaço de papel jogado ao chão, estava o coração nele impresso. Mais inerte que as estacas presas no solo, estava eu sem saber o que fazer e para onde ir. Dei-me conta de que não sabia remar quando já estava em alto mar.
Onze meses se descortinaram a minha frente, onze meses se foram e tudo o que eu fiz foi andar em círculos. Um ano perdido em tentativas inúteis de reconstrução do nada. Eu realmente não sei remar.
Fora de mim, em volta do lago e não tão perto do fogo, estive a me penitenciar. Dentro de mim, no meio do lago e pegando fogo, acordei de um sonho ruim.
Já fui melhor em teorias de conspiração do que você é em destruir castelos. Já encantei com mais eficiência do que você me fez derramar lágrimas.
Flores de plástico também morrem e aquele pedaço de papel, em menos de um mês, já não existe mais.
segunda-feira, novembro 28, 2011
Partido em vários
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