Fui surpreendido por uma grande quantidade de e-mails solicitando explicações do porque as coisas são do jeito que são. Confesso que fiquei tentado a responder um a um todos eles, com respostas especificas a cada questionamento feito, mas depois de pensar melhor vi que fazendo desse jeito estaria limitando o “conhecimento” a poucas pessoas.
Decidi então escrever aqui, neste espaço, uma resposta que servisse para todos aqueles que me escreveram suas dúvidas e para aqueles que não me escreveram, mas que ainda assim não possuem as respostas.
É claro que o que vou escrever aqui não se aplica a todos. Alguns vão se sentir desconfortáveis, outros vão questionar minhas afirmações, mas tenho certeza que todos vão tirar algum proveito de minhas palavras.
Para começar tenho que explicar que as coisas a que me refiro são tudo aquilo que não podemos controlar, é aquilo que acontece sem motivo aparente e nos faz refém. São os sentimentos que não premeditamos, as lagrimas que não cessamos, o grito incontido e a dor no peito. São nossos medos e angustias, as verdades que omitimos, as mentiras que deixamos transparecer e os sonhos que temos ao entardecer.
Agora que estamos falando sobre a mesma coisa, posso explicar o porquê elas são desse jeito. Elas são assim, porque não existe outra maneira delas acontecerem. Elas têm de ser assim.
O que nos deixa atônitos é a perda de controle, é o fato de não sabermos como as coisas começam e como vão terminar. Permitimos, sem querer, que nos invadam o peito, aprisionem a alma e nos revirem por dentro. É por isso que não entendemos as coisas como elas são.
No momento em que pararmos de fazer perguntas e deixarmos tudo acontecer, seremos menos preocupados com aquilo que só precisamos sentir, não entender.
