Ela pensou que era deusa e por isso mesmo, não fez o menor esforço para parecer o contrario, se portou como a rainha da cocada preta, a do borogodó mais que redondo. Nunca foi santa, sempre fez cara de paisagem e só porque pensou que os fatos a ignoraram, saiu por aí bancando a tal.
Morou na zona oeste, mudou-se para o Vidigal e foi parar no alto Leblon. Como a vida não lhe sorriu por muito tempo voltou a terra depois de sonhar com Paris e acordou em Nova Iguaçu. Nunca foi capa de revista, muito menos artista. Montou lona na praça onze, fez barraco na central, militou pelo PT e por fim pediu trocados por aí.
Hoje diz que é miss, modelo de jornal popular e celebridade da quermesse local. Faz feira aos sábados, faxina terças e quintas, anda de trem e não deve nada a ninguém.