Por tanto pensar, por tanto hesitar, por tanto pesar, acho que consegui voltar ao ponto inicial. Construí com sucesso os muros que cercam o castelo, cavei fundo o fosso. Pontes tão altas quanto o necessário, forte esquema montado, mas nada disso foi suficiente para me livrar dos fantasmas. Eles voltam sempre que necessário, sempre que a mente rememora os bons momentos, e por que não, os difíceis, mas não menos proveitosos. De tudo se extrai aprendizado, principalmente da dor.
O sono pesado, a mesa posta e nada. Você não vai aparecer no ano que vem e nem no seguinte, você não vai aparecer em tempo algum, dia nenhum. Vou esperar pacientemente sabendo que o nunca é o eterno presente.
É noite agora, frio lá fora e calor aqui dentro. Parabéns! Estamos quites pelo tempo perdido, pelo choro contido, pelo sorriso fingido.