O gato morreu!
Para o dono do gato é uma perda irreparável.
Para o vizinho que não gostava dos miados, é a certeza de não mais ouvi-los.
Cada um processa a informação de um modo, de acordo com o contexto em que se encontre em relação à mesma. Ainda assim, esse contexto pode não ser indicador para que a informação se processe de maneira tão obvia.
O dono do gato poderia não ter lamentado a perda e o vizinho poderia ter ficado triste. Não existe uma regra que determina como devemos agir com a informação que recebemos, até porque ela é recebida e ou obtida de diversos modos e são, talvez, esses modos, que mudem as circunstancias da coisa.
Um erro assumido pode não doer menos que um erro omitido, mas com certeza muda a forma como o mesmo é visto. Uma coisa é você saber e outra é descobrir. Quando você sabe de forma direta, através dos envolvidos, você tem a oportunidade de tentar compreender as motivações. Quando você descobre, porque viu ou alguém lhe contou, está sujeito as suas próprias interpretações do fato.
A informação pode ser ignorada, pode ser relevada ou pode servir como motivação para a tomada de decisão. Tudo sempre depende da maneira como essa informação, esse fato, afeta a sua vida, direta ou indiretamente. Aquele que não se manifesta, que não chora com a morte do gato, pode estar sentindo bem mais do que aquele que se escandaliza e, portanto o único parâmetro que deve ser levado em consideração nesse momento é se a sua participação no ato, permite que a sua consciência fique tranquila com a informação que foi passada, pois nesse caso a reação dos que recebem a informação será única e exclusivamente opção deles.
