domingo, abril 06, 2014

Fosse bom não se dava

fosse bom nao se dava 

Gosto de carne mal passada, pingando sangue e com uma boa capa de gordura. Gosto da suculência daquele bife enorme de não sei quantas gramas. A faca descendo lentamente, rasgando a carne e destacando o exato pedaço que vou saborear sem muita pressa. Gosto de carne grelhada, não assada, e de preferencia no carvão. Os frescos modernos inventaram uma série de babaquices para tentar convencer que panela elétrica grelha a carne igual à churrasqueira normal. Idiotas.

Tenho raiva desses palhaços vestidos de branco manuseando facas cheias de frescura, que ficam tentando dizer como eu devo comer a minha carne. O ponto ideal, se é que tem essa porra, sou eu que digo e sei. Aí vêm com historia de legumes, vegetais, ervas e outros bichos, como se isso fosse fazer alguma diferença na porcaria da carne que eu como. Não quero saber de coisas saudáveis, coisas que esses frouxos ficam deglutindo por aí. Fiquem eles com a alface deles, que eu fico com o meu boi por aqui.

Nem a restaurantes estou indo mais, porque até eles, estão entrando nessa seara de mau gosto. Antes era apenas o arroz, a farofa e a batata frita, no máximo vinha um molho com tomate, cebola e pimentão. Hoje é tanta palhaçada que dá medo. É pãozinho disso, pastelzinho daquilo, muito inho para o meu gosto. Até a porra do boi agora resolveram mudar, tem boi criado a leite de não sei o que, boi japonês, uma zona.

Conselho que dou aos amigos, aqueles que gostam do que é certo, renovem os estoques de sal grosso, carvão e carne de boi criado no pasto, porque do jeito que as coisas andam, daqui a pouco não vamos encontrar o básico nos mercados.

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