O seu bem, é o que eu quero

O que você chama de amor não é amor, o que você chama de ódio não é ódio, o que você chama de dor é agonia. O que pensa ser seu nunca foi, o que você acha certo não é errado e o que você olha torto é direito. O que se passa pela sua cabeça? O que entorpece os seus pensamentos? O que te faz perder a calma? Conta pra mim e quem sabe eu não te entendo, finjo que compreendo e tento te ajudar.

Não tenho a intenção de guiar seus passos, não tenho a intenção de te ver sofrer, só quero o seu bem e por isso vou lutar, você querendo ou não, para não te perder. Vem comigo e sai desse lamaçal, vem comigo e deixa o resto pra depois. Perca essa mania de pensar nos outros e foque na manutenção do seu viver. A vida é muito curta para não sentir e nós ainda temos muito para contemplar.

O que você ignora não demora a voltar, o que você colabora permanece, o que você persegue consegue fugir. O que pensa alcançar nunca este esteve ao seu alcance e o que é forte demais não lhe faz jus. Já fui claro, deixamos os senões de lado, portanto vamos nos concentrar nos fatos, voltar ao inicio e celebrar. Quem sabe ainda dá para comprar aquela passagem para o infinito.

Salchicha no pão torrado

Para esta suposta receita, que não é uma receita, você não precisa de nenhum ingrediente. Para esta suposta receita, você precisa apenas de muita força de vontade para conseguir cumprir todas as etapas do processo. Etapa número um: querer.

Sem o tal do querer, sem a vontade de fazer, melhor nem começar porque já é certo que não vai funcionar.

Etapa número dois: prática. Como dizem, o hábito leva a perfeição e, portanto, aqueles com mais conhecimento de causa, tempo de serviço e habilidade, estarão preparados como ninguém.

Findas as etapas iniciais, você deve começar a se preocupar com o resultado final e este, não pode, em hipótese alguma, ser negligenciado. É de extrema importância que você foque cem por cento ou mais, no resultado final. O que irá determinar o sucesso do todo é a sua dedicação ao resultado final.

E isso é tudo o que você precisa saber para enveredar no tortuoso caminho da salchicha no pão torrado. Esses são todos os truques e todas as dicas para que nada dê errado, mas se mesmo assim, por algum motivo, algo não sair como o esperado, não se desespere e comece novamente. A insistência também faz parte e vai lhe ajudar a cumprir a etapa número dois.

No lado esquerdo

Será que o desbravador de postos avançados, aquele que nunca perdeu uma batalha, consegue lograr êxito em mais uma? Será que com o avanço das tropas inimigas as coisas tendem a permanecer do mesmo modo? Tenho a mais exata certeza que nada será como antes, tudo estará fora do lugar e em condições inapropriadas. O que seria tão somente um momento será uma eternidade.

O frio já não maltrata tanto, pois agora é o sol que não dá trégua e mantém as altas temperaturas mesmo após todos os comunicados e alertas emitidos pelas autoridades. Não houveram períodos tão conturbados como esses, onde o que sabemos perde o sentido diante da cruel realidade dos dias nublados. Há sempre uma luz no fim da passagem.

O raro destino de todos aqueles que sonham com o que não veem, é permanecerem como todos aqueles que não creem, infelizes por toda uma vida.

No lado direito

Será que quem amou não viu que também acabou o tempo da solidão de vez. Acabou a dor e o desamor, desabrochou a flor. Fez-se o verão no meio da primavera, uma nova era surgiu. Pássaros cantando e uma linda flor, que anunciou que agora é hora de sorrir.

Será que quem chorou não viu que também começou e ainda não acabou o tempo da reparação. Será, como e porque, tudo tem que ter uma razão. Explicação para o que passou, exibição de um bem maior, fator de risco para quem sonhou. E perseguindo a longa estrada chega ao fim à caminhada.

Pode ser

Pode ser o seu cabelo
Ou o jeito que você anda
Pode ser o seu apelo
Pelos burros de miranda

Pode ser o sol da tarde
E essas coisas que ele traz
Dada a sua intensidade
Ou a calma do meu mundo

Um dia eu vou ficar bem
Só pra te querer mais
Onde quer que eu ande bem
Domingo é pra te dar paz

Pode ser o seu tamanho
Ou o jeito que você erra
No momento em que eu te ganho
Ou no barco que te leva

Pode ser o que você quer
Ou o que eu tenho pra te dar
Uma vida inteira pra viver
Ou um só segundo pra lembrar

Um dia eu vou ficar bem
Só pra te querer mais
Onde quer que eu ande bem
Domingo é pra te dar paz

Banda do mar

O quanto ainda

Se eu pudesse lhe dizer o quanto ainda dói em mim, e fosse fácil compreender que eu não vivo sem você, mas o que sempre acontece é tudo desigual, pois no final eu sempre acabo aqui nessa solidão.

Mais do que sermos um casal nós somos partes de um todo, cada um com o seu jeito e sua maneira de viver. Eu fico com minhas manias em meio as suas ironias e você me diz um bom dia duas da tarde de domingo.

Nunca buscamos perfeição fazemos certo sem querer e no final da tudo errado porque é mais divertido. Compro rosas de papel, Pinto o teto de vermelho, dou risada para o espelho enquanto você dorme cedo.

E de repente é fevereiro, feriado na semana, acabou a nossa grana vamos parar de tempestade e dormir juntos até mais tarde. E se eu pudesse lhe dizer o quanto ainda dói em mim à falta de você, roubar-te-ia um longo beijo só para matar o meu desejo de te ver mais uma vez.

Muito amor

- Te amo tanto.
- Também te amo.
- E porque será que nos amamos tanto assim?
- Não sei.
- Ninguém sabe, a gente simplesmente se ama e pronto.
- É isso, não tem que ter explicação.
- Esse lance de sentimento nunca tem, apenas acontece.
- E acontece quando menos esperamos, quando estamos distraídos, sem um foco especifico. Muitas vezes estamos tão preocupados em achar alguém especial, uma alma gêmea, um complemento, que não enxergamos ao redor e anulamos várias oportunidades.
- Sim, miramos um alvo inalcançável.
- Nem só um alvo inalcançável, mas também algo fora daquilo que realmente deveria ser. Caímos na coisa da idealização, da perfeição e colocamos padrões altos demais, padrões estes que nem nós mesmos somos capazes de atender.
- Será que pedi bem ao papai do céu?
- Porque, não gostou do que ele lhe deu?
- Adorei, mas será que atendi as expectativas?
- Atendeu e até superou.
- Hum, assim fico lisonjeada.
- Tirei a sorte grande. Somos simples e nos bastamos em nossa simplicidade. Escolhemos caminhar juntos e vamos seguir assim.
- Eu já disse que te amo tanto?

Maracujá vermelho goiaba

A cor do sangue misturou-se com o amarelo vivo do maracujá vermelho goiaba e só por isso, tão somente por isso, que o azul não mais voltou ao seu verde de origem. O colorido do céu foi encoberto por nuvens cinza, tão escuras quanto o breu. Vários tentaram imaginar como tudo seria com as cores corretas, com todos os seus matizes e variações, e envolvidos que estavam, não perceberam que o foco deveria ser diferente.

Mel com carboidratos, outras coisas, texturas diversas e unidades homogêneas. Tão pouco por nada no meio de nada apenas por delírios mecânicos em volta das estruturas dinâmicas do infinito. Tal e qual os passos dados, os caminhos percorridos, as noções e todo o resto, findo o período de seca a tempestade vai chegar.

Já não fazem mais espaços, já não limpam mais as torres, o sol ainda brilha, pois chegou à primavera, uma nova ordem, um novo dia.

Saudade que dói

O bom da saudade é quando ela dói, quando ela aperta forte que chega até a faltar o ar. Aquela saudade venenosa que não mata, mas maltrata. A que não some, só aumenta. Essa sim é a que faz valer a pena, porque não nos deixa tirar do peito o sentimento, mantém o calor e alimenta o bem querer.

Saudade quando é só lembrança, quando é momentânea, específica de uma brisa que vem de repente, é saudade que só faz cócegas. Essa a gente sente, mas faz que não viu, ignora, porque não demora e já vai embora.

Tem coisa que a gente esquece, tem coisa que nem vale a pena lembrar, e são essas que de quando em vez voltam suave só para incomodar de leve. E por incomodarem pouco, por não doerem, não damos importância e deixamos morrer. Voltam, mas cada vez com menos frequência.

Quanto mais sentimos a dor de uma saudade, mais ela nos será cara e especial. O nível de intensidade do sentimento está diretamente ligado ao quanto às lembranças daqueles momentos mexem conosco. E não é porque é doloroso, forte, que é triste. É com alegria que a saudade nos invade e trás a tona as boas experiências, pois foi com felicidade que vivenciamos aquilo que passou.

Então, quando vier à mente aquela lembrança mágica que por algum motivo lhe dizem que é melhor esquecer, não faça isso, deixe que a saudade lhe coloque de volta, mesmo que por uns instantes, naquele momento que marcou a sua vida.

Saporra mermo

- Ai parcero, o caldo entornou!
- O que?
- A chapa esquentou Mané.
- Tá maluco?
- Irmão, se liga na parada, azedou tudo.
- Como assim, do que tu tá falano?
- Porra! Acorda pra vida!
- Tu tá de brinks?
- Não!
- Serio?
- Claro merda! Você acha que eu ia mandar caô de uma tromba dessas.
- Não pode ser mano.
- Mas é, foi, bagulho doido.
- E tu tava na quebrada?
- De frente, de frente. Estourou na minha mão. Pesado.
- E o que deu?
- Deu que fedeu.
- Deus do céu! Foi tudo? O sopão, a carne, os legume? Não salvou nada?
- Saporra mermo. Tudinho!
- Ai, então nóis tem de fazer aquele lance que eu falei. Vamo na Bahia compra logo o tal do freezer. Toda hora jogar comida fora tá sinistro.

Egoísta, ciumento e possessivo

Esse sou eu sem tirar e nem por, com todas essas “qualidades” aliadas as minhas indefectíveis manias. Sou extremamente egoísta, graças a Deus, ciumento e possessivo. Tudo em excesso é prejudicial, sei disso, mas não tenho como eliminar de mim todo o egoísmo, o ciúme e a possessividade. Controlo o máximo que posso para não perder a razão, porém não funciona sempre e em alguns momentos passo dos limites. Por sorte quando percebo que as coisas não vão bem saio de cena, deixando o palco para aqueles que sabem brilhar.

Meu egoísmo tem haver com a prioridade que dou as coisas, se preciso escolher penso em mim antes de todo o resto e acho que é isso que me permitiu até hoje poder dar atenção a todos a minha volta. Estivesse eu com problemas, deixando de lado meus ideais para pensar somente nas vontades alheias, não conseguiria ajudar aos que quero bem.

Amo o que tenho, o que conquistei  e todos os que estão ao meu lado, por isso tenho ciúmes. Não gosto que ninguém, seja lá quem for, mexa com quem gosto ou com o que é meu. Odeio manifestações publicas de histerismo, ataques gratuitos e “crises” a troco de nada. Chateio-me com certa facilidade, mas meu estilo é o do silencio, prefiro me afastar a ter debates calorosos sobre o nada. Sei o que se passa dentro de mim e sei minhas reações adversas quando o ciúme me assola, o “corte pela raiz” é o melhor remédio.

E por fim o sentimento de posse, a coisa do tudo o que é meu deve ser só meu. Quando sinto o que prezo me escorrendo pelas mãos, afastando-se de mim, entram em ação o egoísmo e o ciúme. Juntos com minha possessividade me transformam no mais insensível dos seres e existem argumentos que me convençam que estou exagerando. Minha racionalidade é passional demais para permitir que eu permaneça inerte quando o que mais quero é explodir o mundo.

Aceito o ônus e o bônus de ser quem sou e como sou, dispenso os tapinhas nas costas e as falsas demonstrações de afeto. Gosto de quem não me aceita simplesmente porque sou assim, pois estes sabem que posso oferecer mais, mesmo com todo egoísmo, ciúme e sentimento de posse. Não penso em mudar, mas evito piorar.

Mais ninguém

Mesmo que não venha mais ninguém
Ficamos só eu e você
Fazemos a festa, somos do mundo
Sempre fomos bom de conversar

Eu só espero que não venha mais ninguém
Aí eu tenho você só pra mim
Roubo teu sono, quero teu tudo
Se mais alguém vier não vou notar

Preciso de você
Pra me fazer feliz
Não quero mais ficar
Aqui

Preciso me ver só
Pra me fazer maior
Pois quando você vem
Eu fico melhor

Mesmo que não venha mais ninguém
Ficamos só eu e você
Fazemos a festa, somos do mundo
Sempre fomos bom de conversar

Mallu Magalhães

Obrigado por me odiar

Obrigado por me amar de forma tão intensa. Obrigado por me fazer ver tudo o que perdi quando decidi que com você não poderia mais viver. Obrigado por me fazer o que sou, da maneira que sou, do modo mais sincero possível. Estou aqui expondo meus sentimentos a você como nunca fiz para ninguém e isso, apenas porque você é e sempre será, especial para mim.

Agradeço tanto por ter lhe conhecido, por ter vivido parte de meus dias com você e mais ainda por saber que enquanto durou foi verdadeiro. O que permanece, o que resta, e tudo aquilo que nunca vai se apagar, me permitem compreender os acontecimentos por trás de nossos últimos dias, acontecimentos estes que não tem nada haver com o fato de sermos quem somos.

O imenso carinho que tenho por você é capaz de esquecer, perdoar, renovar os votos, reacender a chama, mas não é capaz de nos unir novamente. O destino se encarregou de nos juntar, o tempo de nos separar e a vida de não permitir que nos esqueçamos um do outro.

Obrigado por me amar

Eu quero que você morra, mas não vou lhe matar, quem fará isso por mim será o cigarro que você fuma cinco vezes ao dia em quantidades absurdas. Ele é quem vai destruir você lentamente, ele é quem vai minar seus órgãos vitais, definhar seu pulmão e ceifar o restante de vida que você ainda tem. O cigarro, essa praga criada pela indústria tabagista, será o meu assassino profissional, a arma letal que dará fim a sua pobre e infeliz existência.

Quero muito, com todas as minhas forças, que você morra e apodreça, mas não tenho coragem para lhe fazer mal. Minha indiferença em relação a tudo é o que vai eliminar você desse mundo, transformando seus doces dias modorrentos em tediosos períodos de solidão. Você vai desejar que tudo acabe o quanto antes, vai desejar não ter me conhecido, vai desejar que o levem daqui para qualquer outro lugar onde você possa imaginar descansar em paz.

Matar você é pouco, mas suficiente para meus propósitos. Tirar você de circulação é o mínimo que posso fazer por nós e por tudo o que vivemos. Enquanto dormia em seus braços vivia a ilusão, agora que acordei vivo a realidade que não querer mais o desprazer de conviver em um mundo que também abrigue você. Infelizmente, da pior forma possível, você vai perceber a mulher que sempre fui e que você nunca soube valorizar.

De patrão

Cassio no pulso, bermudão e Nike no pé, só para dar um rolé. Mina do lado com cabelo dourado, vestido curto e apertado, só para tirar onda. Shopping lotado e não é feriado, está tudo marcado, o encontro é as cinco em pleno domingo. Vou de patrão, chegar de carrão, causar confusão e chamar a atenção.

Technos no pulso, jeans da Levis e Osklen no pé, só para ir ao cinema. Namorada do lado com o cabelo escovado, toda vestida de Cantão, só para dar uns beijos. Ar condicionado ligado e não está calor, o filme é de terror. Vou de patrão, chegar de carrão, causar confusão e chamar a atenção.

Rolex no pulso, calça da Armani e Sérgio K no pé, só para jantar. Esposa do lado com o cabelo trançado, vestindo um Dolce & Gabana, só para impressionar. Restaurante da moda, lugar reservado e comida caprichada. Vou de patrão, chegar de carrão, causar confusão e chamar a atenção.

Muda o padrão, muda o patrão, só não muda a velha mania de querer ser alguém pelo que se tem e não pelo que se é.

É nóis que tá

Os avisos são importantes para a galera saber que o bicho está pegando, pois assim quando o bagulho ficar doido de verdade ninguém vai poder dizer que não sabia que a parada estava tensa. A chapa não esquenta de imediato, leva um tempo, tem todo um momento antecedendo, quem não sente a brasa se queima. É por ai que malandro demais se atrapalha, esperto se enrola e otário cai duro. Tudo tem motivo, explicação e porque, nada é por acaso. Esse lance de “destino tenha pena de mim” só é bonito para o Almir que ganha dinheiro com a música. Na vida real, aquela que não passa na novela das oito, o lance é bem outro.

A improvisação do momento é não se focar nas laterais e nem ficar fazendo curva. O caminho, assim como o papo, tem que ser reto. Quem fica enrolando, fazendo charme, cú doce e o caralho a quatro, não sabe a responsa que é estar na linha de frente do bonde. Dar a cara para bater parece simples, mas exige disposição para correr atrás depois ou até mesmo para segurar o prejuízo, porque a cobrança virá sem perdão. Os fechados com o certo vão prevalecer sobre os comédias de plantão.

O mundo é cruel, saiba disso, tenha consciência disso e não fique na pista de bobeira esperando freguês, porque o tempo passa rápido. Caiu? Levanta, limpa a bunda e anda!

Você na minha e eu na sua

Sinto muito em lhe dizer amor, você já não é mais parte da minha vida, agora eu já estou em outra, começando uma nova jornada. Sinto muito em lhe deixar amor, mas a gente já tentou bastante, hoje vou seguindo adiante e espero que você seja feliz também.

Foi legal demais enquanto deu e se não deu para continuar, foi melhor então acabar. Cada um vai pro seu lado, juntos mesmo separados, o carinho ainda continua, você está na minha como eu estou na sua.

E que bom que é assim, bem melhor para todos nós, sem desespero e sem terminar em drama. Como esclarecidos, mentes evoluídas, percebemos de cara que o melhor a fazer é manter o respeito e a admiração mutua como sempre fizemos.

Dados relevantes

Dados estatísticos de anos distantes revelavam as fontes de abastecimento mais usadas, mas também traziam a tona informações importantes sobre todo o processo de produção por trás da cadeia de consumo. Depois que estes dados foram revelados tudo mudou. O que conhecemos hoje já foi muito diferente, as fontes de abastecimento de hoje não são mais as de antigamente e o processo de produção, mesmo que ainda com resquícios, já caminha a passos largos em direção ao novo.

Na época da divulgação dos dados, muitas especulações surgiram e muito se falou sobre incorreções e manipulações. Nada foi provado, pelo contrario, os números foram comprovados em sua maioria e abalizados por renomados cientistas, pesquisadores, políticos e pessoas influentes na sociedade. Não fazia mais sentido remar contra a maré e tentar desmerecer dados que levaram anos para serem coletados, analisados e apresentados à sociedade.

O que veio a seguir, com a divulgação e a validação dos dados, foi uma mobilização de todos em prol das mudanças, a favor de que as coisas fossem feitas do modo “certo” e não mais da forma como vinham sendo executadas. Os que ainda resistiram foram os que mais sofreram. Alguns criaram teorias, no mínimo absurdas, a respeito de um suposto complô politico-sócio-econômico envolvendo a divulgação dos dados e outros tentaram plantar falsas noticias na mídia visando desestabilizar o novo cenário. Nada disso funcionou, o “estrago” já estava feito.

Para o bem de todos a tendência é que novos fatos sejam incorporados ao processo, acelerando ainda mais a adoção das medidas necessárias e fundamentais ao desenvolvimento. A mídia já fala em uma nova ordem politico-sócio-econômica, o mundo se prepara para tempos de paz e calmaria e a pressão das classes dominantes sobre as classes menos favorecidas deu lugar a busca contínua e conjunta de melhores condições para todos.

Não se sabe até quando viveremos essa “revolução”, mas o que se espera é que de agora em diante façamos as coisas com base em sentimentos contínuos de plena realização mutua, com menos egoísmo, orgulho e muito mais querer bem.

Revisão periódica

Afinal de contas quando é um bom dia para começar, se é que existe um dia certo para isso? Existir não existe e nem vai existir, todos os dias são propícios aos começos e, portanto, devem ser aproveitados para isso e também para a continuidade daquilo que já começou. A celebração tanto deve acontecer no começo, quanto no durante e em alguns raros casos, no fim. O que não deve acontecer é o comodismo, é aquela velha sensação de dever cumprido que nos leva a relaxar e não mais cuidar da manutenção daquilo que se conquistou a duras penas.

Periodicamente uma revisão deve ser realizada, os ponteiros devem ser ajustados e as engrenagens devem receber reparos. Tudo em prol da continuidade saudável da relação, que mesmo não sendo mecânica sofre desgaste com o tempo.

Vários fatores contribuem negativamente levando a convivência a um nível difícil de ser suportado. Rotina, stress, falta de tempo e de vontade para viver as coisas como se elas fossem ainda como no inicio, na fase da conquista, do namoro. E o resultado disso tudo é um relacionamento que não resiste e acaba assim que possível, pois sem o devido cuidado ele se torna um fardo.

Não adianta, porém, fazer uma revisão sem critério, apenas por fazer ou para no final de tudo poder dizer que tentou salvar a relação. A revisão deve ser feita por todos os interessados e precisa focar no que é essencial, naquilo que pode estar matando o bem querer. Quando os interesses são os mesmos, os egos e o orgulho são deixados de lado, as chances de naufrágio são pequenas e a relação só tende a se fortalecer ainda mais a cada revisão.

Já não se fazem mais casamentos como antigamente

- Madrinha de casamento da prima da cunhada da vizinha da amiga da tia da avó do Beto, não é pouca merda não! Preciso do melhor vestido que você puder costurar e tem que arrasar, pois casamentos assim são raros. Hoje em dia as pessoas só querem saber de morar junto, de juntar os panos de bunda, de dormir de conchinha e não pensam em todos aqueles que passam anos torcendo pela felicidade do casal e não são agraciados com um misero bem casado se quer. Ingratidão e avareza é o que mais se vê. Já não se fazem mais casais como antigamente e até as igrejas não estão mais cobrando essa coisa do casamento. Antes o padre via um casalzinho e já ia logo cobrando a data, falando dos votos e de toda a coisa envolvida na celebração. Agora ele quer mais é que a igreja esteja cheia, não importa se são casados de verdade ou apenas amigados. Um horror tudo isso.
- Posso fazer um tomara que caia lindo para a senhora.
- Tomara que caia não porque meus peitos já não estão mais respeitando a lei da gravidade, faz um com bonito, fresco e com alguma coisa que segure os meninos porque senão já viu.
- Hum, tenho um aqui com alças laterais que vai cair como uma luva na senhora.
- Ô menino, para com esse lance de senhora que assim eu me sinto ainda mais velha e olha que nem cheguei aos sessenta. Ainda estou inteira, pronta para curtir a vida e quero estar linda nesse casamento porque madrinha fica lá na frente, todo mundo olhando, vai que tem um moço bonito na igreja, ainda quero casar também e no meu casamento vai ter brigadeiro. Não entendo essa frescura do pessoal de achar que brigadeiro e cajuzinho são doces de pobre. Agora eles só fazem aquelas porcarias cheias de caramelo de açúcar que ficam grudando no dente, um horror. Outro dia comi um troço desses e quase que perdi a dentadura toda, grudou de tal maneira que tive que usar água quente para soltar.
- Então vamos fazer um vestido azul brilhante, bem ajustado, vai valorizar suas curvas e realçar o busto.
- Vai devagar menino, não inventa muito que não quero ficar parecendo alegoria de escola de samba. No casamento da Selminha, a colega da Maria José lá de paciência, prima da Carmem do encantado, que foi esposa do Celso, o irmão do Carlos, as madrinhas estavam horrorosas, uma pior do que a outra. A mãe do noivo então estava usando um vestido vermelho com uns detalhes de paetê e umas penas na cabeça, meu Deus, deu pena, parecia um pavão depenado. Faz coisa simples mesmo, porque senão as fofoqueiras do bairro vão falar até o final do ano e não quero dar assunto para elas.
- Perfeito! Então fechamos assim, será um lindo vestido azul turquesa com um brilho discreto, caimento suave e barra ondulada.
- Assim está bom, muito bom, agora me deixa ir que vou passar no salão para agendar o dia da madrinha, afinal a noiva merece que eu esteja impecável.

A saudade dói no peito

Olhei o seu retrato e me lembrei de nós. Isso acontece sempre, pois por algum motivo que não sei explicar e nem quero entender, não consigo tirar você do pensamento. E é bom, eu realmente gosto disso, gosto de ter você em meus pensamentos, gosto de todo esse sentimento que não sai de mim. O que por vezes me pergunto, e também não sei explicar, é porque tudo teve um fim.

Fizemos muitas coisas, descobrimos tantas outras, brigamos, amamos, perdoamos, rimos e fomos felizes do nosso jeito, a nossa maneira. Tivemos e temos coisas em comum e pontos divergentes, todo casal tem, somos normais e isso nos uniu ainda mais, pois foi na vontade mutua de superar as divergências que nos fortalecemos.

Olhando hoje o seu retrato, não só me lembrei de nós, mas também de todos os nossos momentos mais marcantes. Lembrei dos beijos, dos abraços, dos enlaces, das noites, dos sonhos e de tudo aquilo que vivemos. A lembrança me fez perceber que você é um pedaço de mim, parte fundamental do que sou hoje.

O sentimento ainda é o mesmo

Eu gosto tanto de você que sou até suspeito para dizer o quanto eu gosto de você. Eu ainda gosto de você que sou até suspeito para dizer que ainda gosto de você. Eu ainda penso muito em você que sou até suspeito para dizer que ainda penso muito em você. E esse tanto gostar, esse ainda gostar e esse ainda pensar, é porque eu não vivo sem você. Onde agora você está que não ao meu lado para dizer que será para sempre meu bem querer.

Acontece que não há razões para vivermos tão distantes, nos queremos ainda mais que antes, então precisamos conversar e voltar ao que sempre foi. Romance por romance o nosso sempre foi original, namoro por namoro o nosso sempre foi sensacional, sexo por sexo o nosso sempre foi ardente, casal por casal sempre fomos o melhor.

Por mais voltas que o mundo dê, por mais estradas que a gente percorra, o sentimento ainda é o mesmo e não vai mudar, porque o que foi e continua bom, tem que se perpetuar.

Conhecemos um ao outro

Você é essência, pura luminosidade, incandescência com um quê de carência quando na ausência percebe que o coração ainda continua a bater por quem um dia te amou. Você é presença, deliciosa opulência em um lindo corpo feminino que com curvas inebria, faz sonhar e irradia um perfume sem igual. Você é encanto, maravilhosa em seus domínios onde exerce pleno fascínio de quem sabe o quer.

Você é isso, simples e ao mesmo tempo complexa. Frágil e ao mesmo tempo forte. Minha, não pela posse e sim por vontade própria, assim como sou seu. Somos dois, inteiro, único, sólido. E o que nos une é mais do que o fato de completarmos um ao outro, é aceitarmos nossos defeitos celebrando todos os dias as qualidades que possuímos.

E é assim porque diferente fosse não seriamos nós e sim outro casal qualquer tentando a sorte no mar revolto. Já conhecemos o caminho, sabemos os atalhos, vamos apreciar a paisagem e curtir a viagem.

Nunca mais ter que sentir saudade

Cade você
onde você se escondeu
já perguntei ao vento
ele não respondeu
cade você
também perguntei a lua
não te encontrei em casa e nem na rua
será que se escondeu em algum raio de sol
nem se quer percebeu o quanto me fez mal
melhor eu ti esquecer eu vou deixar pra lá
porque também cansei de procurar

não quero te perder
não pense em me deixar
perdoa o amor que é teu
eu posso até provar
prazer em ve-lá ter vontade
pra nunca mais ter que sentir saudade

Juliana Diniz

O frango da porra

Um dia antes do preparo propriamente dito, da cocção, você deve deixar o frango marinando nos temperos e isso deve acontecer por no mínimo doze horas. Imaginando que você o faça para o almoço de domingo, você deve preparar a marinada no sábado a noite e deixar o frango dormir na geladeira coberto por todos os temperos que vão lhe conferir sabor. Não seja econômico nas ervas, no alho, na cebola e no amor, pois é fundamental que a preparação seja realizada com vontade.

Não entendi a necessidade de correr atrás de um frango. Não entendi e nem vou entender muito bem essa coisa toda, essa celeuma, por causa de um bicho de duas patas e cheio de penas. Nada contra o bicho em si, afinal ele nada me fez e por isso mesmo não acho justa a perseguição ao mesmo. Depois de mais de trinta minutos de caçada finalmente consegui pegar a famosa ave pelo pescoço, e ainda bem, pois já estava quase desistindo.

Só de pensar que poderia ter adquirido um congelado, fico ainda mais chateado com toda essa perseguição. Gastei tempo, energia e ainda terei que ajudar no preparo do que quer que esse bicho vá se transformar depois de depenado e levado ao fogo.

Em um recipiente grande, coloque o frango e junto com ele trezentos mililitros de cerveja pilsen, trezentos mililitros de vinho branco, dois ramos de tomilho, sete folhas de salvia, três dentes de alho, sal e pimenta do reino. Feito isto cubra o recipiente e ponha na geladeira. Tudo vai descansar durante a noite, o frango vai incorporar os temperos, absorver o caldo e se perfumar.

Depenar um frango não é como eu havia imaginado, pois tem todo um processo e uma técnica. Não dá para sair puxando pena por pena e esperar que a ave fique limpa em questão de minutos. Levei horas para deixar o filho da mãe do jeito “certo” e mesmo assim ainda ouvi reclamações. Existem máquinas que fazem o trabalho pesado de forma rápida e em alguns casos em segundos, mas eu sou tradicionalista e fiz tudo com minhas próprias mãos. Matar o frango primeiro, lavar, depenar, lavar, continuar a depenar, limpar, limpar direito e por fim entregar nas mãos de quem vai prepara-lo. Um trabalho da porra.

No dia do preparo, retire o frango da marina e o disponha em uma forma ou refratário, regue com parte da marinada e leve ao forno coberto com papel alumínio. Asse por cerca de quarenta minutos e após esse tempo verifique o cozimento, regue com mais um pouco da marinada se necessário e deixe dourar.

Quando a porra do frango ficou pronta eu nem estava mais com vontade de comer, de tanto trabalho que ele me deu, mas até como uma forma de protesto, resolvi dar umas boas mordidas na coxa dele. Ele ficou muito bom, tenro, macio e suculento, nem parecia com o bicho que ralei para pegar, depenar e ajudar a preparar. Bom, agora só espero que não me inventem de preparar um porco.

Brinquedo de gente grande

Antes as pessoas sonhavam com um veiculo que as pudesse transportar nos finais de semana com a família para a casa dos parentes, para a praia, os parques e festas. Com o passar do tempo o carro se tornou mais do que um transporte de final de semana para se tornar um veiculo de todos os dias e não é mais escolhido apenas por ter um motor e quatro rodas. Um carro hoje precisa ser mais do que um simples meio de transporte, ele precisa ter design moderno, robustez, itens extras e tecnologias avançadas.

Os pequenos carros perderam espaço para os grandes SUV’s, que apesar do preço, tem a preferencia daqueles que pensam em comprar o primeiro carro ou trocar o já existente. Os antigos SUV’s eram grandes e desajeitados, os novos continuam grandes, mas ganharam novas formas e cores, abandonando o preto e o prata que eram as cores padrão de antigamente. As mulheres também adotaram os SUV’s, que antes eram considerados carros brutos demais e muito masculinizados. Eles não perderam as características masculinas, mas com os novos desenhos ficaram visualmente menos agressivos.

O primeiro SUV ou carro com o mesmo conceito que temos hoje data de 1946 e foi produzido pela união soviética, tinha o nome de GAZ-M20 e era usado para o transporte de passageiros. No final da década de quarenta a Willys veio com o Jeep Station Wagon e depois, só em setenta e sete voltamos a ver o mesmo conceito no Niva da Lada. Apesar de terem grande apelo, foi a Toyota quem conseguiu a “formula do sucesso” com o RAV4.

Um dos SUV’s mais conhecidos é o Ecosport, lançado em 2003 e que reinou sozinho por anos até a chegada de concorrentes de peso com preço compatível ao seu. Hoje, além do Ecosport, os campeões da categoria são: Renault Duster, Hyundai Tucson, Hyundai IX35, Mitsubishi Pajero e Toyota Hilux.

Posso dizer, até com certa propriedade, que depois que você dirigir, não vai querer mais voltar aos pequenos carrinhos de passeio.

Fontes de consulta: www.multiclique.com.br, www.4x4brasil.com.br, www.revistaautoesporte.globo.com e www.blogdojornalistaarnaldomoreira.blogspot.com

Querer bem

- Será que ele perdeu meu telefone?
- Por quê?
- Porque ele ainda não me ligou.
- Ele prometeu que ligaria?
- Não.
- Então?
- Então que tivemos uma noite incrível ontem.
- Incrível para quem?
- Para nós dois é claro.
- Ele disse que achou a noite incrível?
- Não e nem precisava, pois vi pelo olhar dele.
- Então pelo olhar dele, apenas pelo lindo olhar quarenta e três que ele lhe deu, você deduziu que ele também achou a noite incrível.
- Aonde você quer chegar com todas essas perguntas e ironias?
- Eu? A lugar nenhum, apenas estou tentando entender os seus motivos para você ficar se preocupando com o suposto desaparecimento de um cara que você conheceu na noite passada, um cara que você mal sabe o nome e, acho que nem mais vai ver na vida.
- Falou agora a senhora destruidora de corações, a mulher que tem todos os homens a seus pés. Faça-me o favor. Saí com ele ontem à noite sim, dormi com ele ontem à noite sim, e para sua informação, mesmo que você não tenha nada haver com isso, foi bom, muito bom.
- Ok posso não ser tão descolada quanto você. Posso não conseguir tantos “amores” quanto você, mas isso não me impede de achar que você está dando importância demais a uma ligação.
- Realmente não deveria esperar por uma ligação da pessoa com a qual tive uma ótima noite. Um dia, quem sabe, eu consiga ser uma pessoa fria como você. Quem sabe um dia eu não me importe mais com as pessoas que me fizeram feliz, mesmo que por uma noite. De verdade mesmo, eu gostaria muito de poder não ligar para essas coisas, mas eu não consigo, porque eu dou valor e quero o bem daqueles que me fazem bem.

O que passou também faz parte da vida

- Já se passou tanto tempo e você ainda fica lembrando?
- Sim e qual o problema?
- O problema é que ficar remoendo o passado não vai te ajudar em nada.
- Não estou remoendo o passado.
- Está sim. Você precisa olhar para frente, contemplar o futuro.
- E quem disse que não estou fazendo isso?
- Você, quando me falou que fica lembrando o que passou, vivendo de coisas que já aconteceram.
- Aí é que você se engana, eu jamais disse que estou vivendo de passado, apenas guardo na memoria as coisas boas que me aconteceram e não é porque algo acabou que tenha que ser desprezado. A vida é feita de bons e difíceis momentos, todos nos enriquecem e transformam, não podemos escolher ficar só com os bons momentos.

Existe uma grande dificuldade por parte das pessoas em reconhecer que a combinação de várias emoções é o que forma o todo. Há dias em que chove e outros em que brilha o sol. Os dias de chuva não são melhores que os dias de sol, um complementa o outro e ambos fazem parte da caminhada.

Essa inquietação quando se pensa no passado deve ser substituída pelo desejo de que as coisas boas continuem acontecendo e que a experiência evite os erros cometidos. Não se deve apagar o que passou e sim acrescentar ao que ficou, tudo de bom que se viveu.

A força invisível

Tudo, absolutamente tudo, o que pensamos, desejamos, acontece e não estou mentindo ou inventando. Nosso pensamento, mais do que atrair, realiza! Desconhecemos a força de nossa mente, mas ela é mola propulsora de nossas ações e faz acontecer o que queremos. Pensamentos positivos ou não, todos nos empurram em direção à concretização.

Pensar em vencer não garante a vitória, mas faz com que a participação seja efetiva, com garra e vontade. Pensar em perder não nos faz derrotados, mas nos coloca vulneráveis e propensos a não obter êxito. Possuímos a grande capacidade de auto motivação, a força motriz que nos levanta e mantém de pé, tudo isso apenas com o pensamento.

Infelizmente muitos preferem usar o pensamento de forma negativa olhando para o passado, remoendo antigas passagens, desejando crescer a partir de um suposto momento difícil. O que passou não deve servir de combustível e sim de aprendizado e o pensamento tem que estar voltado para o futuro, para aquilo que se quer construir.

O de sempre 2

Poderia chamar de medo à falta de coragem que temos de assumir nossos sentimentos. Poderia, mas não vou chamar assim, eu prefiro dizer que é mais forte à vontade de que as coisas permaneçam como estão. Já me disseram que então seria medo da mudança, medo do novo, mas eu não concordo com isso, eu não concordo com o uso da palavra medo. O medo para mim sugere algo mais, que não necessariamente tem haver com a mudança em si. Não se tem medo da mudança e sim desejo de que as coisas possam permanecer e ao mesmo tempo se renovar.

É como querer o vinho sem a colheita das uvas ou querer o vinho com elas intactas na videira, porque nesse caso não é falta de vontade de colher as uvas. A questão é que uma coisa não pode se sobrepor a outra, um novo sentimento não pode suplantar um já existente. O amor não pode matar a amizade, a amizade não pode matar o amor. E assim, com todo esse cuidado, o novo vai sendo deixado de lado, fica abandonado, para que o antigo não se desfaça, para que tudo permaneça tal e qual sempre foi.

Para tudo temos as exceções e por isso conseguimos ver casos onde o novo existe independente de qualquer coisa, onde as pessoas não tem pena de quebrar os ovos para fazer a omelete.

Breguice

- Lindo de morrer!
- Linda de viver!
- Coisa fofa!
- Minha delicia!
- Meu doce de coco!
- Meu Brigadeiro!
- Meu iá, iá!
- Meu iô, iô!
- Agora já deu, baixamos o nível demais, Wando foi apelação.
- Mas eu gosto do Wando.
- E daí, não é porque gostamos de algo que devemos usar isso em qualquer lugar, em qualquer situação. Eu gosto de sorvete de chocolate, mas nem por isso como sorvete com arroz e feijão ou uso como creme para o rosto.
- Porque não quer. Com arroz e feijão deve ficar bom. No rosto eu já acho que não, vai ficar tudo melado.
- Deixa de loucura, sem sorvete de chocolate e sem Wando.
- Quem gosta de sorvete de chocolate é você, eu gosto do Wando e não vejo porque essa celeuma toda.
- Não é celeuma nenhuma. Vamos deixar o Wando de fora dessa e pronto!
- Ok, você venceu! E o Fábio Júnior pode?