Esse sou eu sem tirar e nem por, com todas essas “qualidades” aliadas as minhas indefectíveis manias. Sou extremamente egoísta, graças a Deus, ciumento e possessivo. Tudo em excesso é prejudicial, sei disso, mas não tenho como eliminar de mim todo o egoísmo, o ciúme e a possessividade. Controlo o máximo que posso para não perder a razão, porém não funciona sempre e em alguns momentos passo dos limites. Por sorte quando percebo que as coisas não vão bem saio de cena, deixando o palco para aqueles que sabem brilhar.
Meu egoísmo tem haver com a prioridade que dou as coisas, se preciso escolher penso em mim antes de todo o resto e acho que é isso que me permitiu até hoje poder dar atenção a todos a minha volta. Estivesse eu com problemas, deixando de lado meus ideais para pensar somente nas vontades alheias, não conseguiria ajudar aos que quero bem.
Amo o que tenho, o que conquistei e todos os que estão ao meu lado, por isso tenho ciúmes. Não gosto que ninguém, seja lá quem for, mexa com quem gosto ou com o que é meu. Odeio manifestações publicas de histerismo, ataques gratuitos e “crises” a troco de nada. Chateio-me com certa facilidade, mas meu estilo é o do silencio, prefiro me afastar a ter debates calorosos sobre o nada. Sei o que se passa dentro de mim e sei minhas reações adversas quando o ciúme me assola, o “corte pela raiz” é o melhor remédio.
E por fim o sentimento de posse, a coisa do tudo o que é meu deve ser só meu. Quando sinto o que prezo me escorrendo pelas mãos, afastando-se de mim, entram em ação o egoísmo e o ciúme. Juntos com minha possessividade me transformam no mais insensível dos seres e existem argumentos que me convençam que estou exagerando. Minha racionalidade é passional demais para permitir que eu permaneça inerte quando o que mais quero é explodir o mundo.
Aceito o ônus e o bônus de ser quem sou e como sou, dispenso os tapinhas nas costas e as falsas demonstrações de afeto. Gosto de quem não me aceita simplesmente porque sou assim, pois estes sabem que posso oferecer mais, mesmo com todo egoísmo, ciúme e sentimento de posse. Não penso em mudar, mas evito piorar.