A corda sempre vai arrebentar do lado mais fraco e isso não é um clichê ou um ditado batido. Isto é a mais pura realidade, faz parte das regras do jogo. O grande senão em toda esta história é que o lado mais fraco não enxerga o perigo que corre, na maioria das vezes ele nem tem condições de compreender os riscos envolvidos e aí opta pelo caminho que parece mais cômodo. Inocência? Talvez.
Como tudo nessa vida tem um preço e toda moeda tem dois lados, não tarda e a conta chega, pesada demais para uns e incômoda para outros. Os que estão no topo da pirâmide sentem os efeitos do golpe, tomam algumas pancadas, mas conseguem absorver o impacto. A turma do meio tem que se virar para não ser pega desprevenida e a duras penas, cambaleando um pouco, coloca a cabeça fora do atoleiro e respira.
Os que estão na base, esses não tem tanta sorte assim e são os que mais sentem os impactos. Os efeitos para eles, em longo prazo, são devastadores. Em um primeiro momento eles tendem a acreditar que terão chances de sobrevivência, mas logo começam a se dar conta de que só o pensamento positivo, sem alguma ação, não vai resolver. Nesse momento a lua de mel acaba e a parte alta da pirâmide é convocada a ajudar a parte de baixo, mas a ajuda não tem sucesso e a pirâmide inteira começa a dar sinais de desgaste.
Quando não consigo observar um planejamento evolutivo pensando no futuro começo a crer que algo está muito errado. O que funciona agora, no hoje, precisa acompanhar as mudanças que ocorrem a todo instante, não pode ficar estagnado. A busca tem que ser constante, pois o alimento acaba um dia e a caça não descansa, ela está sempre atrás de novas maneiras de não ser pega, por isso o caçador também tem que bolar novas formas de captura.
Aquele que considera um degrau como um impulso para se chegar às nuvens tem grandes chances de ir mais longe, ao contrario daquele que enxerga um degrau como um bom local para sentar e descansar.