Pequenos, bem pequenos, fragmentos, micro fragmentos e só. Isso tudo das coisas se bastarem, do tempo não passar, do ano não acabar e da vida continuar é o que nos move em direção as coisas que não conhecemos, mas imaginamos dominar. Não temos controle sobre os sentimentos e nem devemos ter, pois é essa falta de controle que nos torna verdadeiros. Uns são verdadeiros na hora da raiva, outros na hora da dor, mas de uma forma ou de outra todos acabam sendo verdadeiros quando os sentimentos afloram.
Pensar na vida nunca foi meu forte, nunca me vi perdida em sonhos e elucubrações a cerca do nada. Prefiro deixar acontecer, ver passar e se der ir junto. Surfista, carroceira, aproveitadora e o que mais couber, pode falar, eu não ligo, sou assim. Quem muda com o tempo são as marés, fico na mesma para não cansar a minha beleza e a dos outros. Esse papo de quem sempre dá é história para enganar trouxa e não estou mais na idade de ser enganada.
Faz muito bem quem se alimenta do que pode consumir e não quem corre como um louco atrás de algo que é sabido que não vai conseguir. Caso consiga, o que pode acontecer, vai sofrer a ponto de não aproveitar o grande momento e aí do que adiantou todo o esforço? De nada. Isso de ter o prazer de esfregar na cara dos outros que chegou lá é típico dos derrotados de plantão, aqueles que sabem que não vão manter a posição. A minha é muito outra, estou de boa com meus senões e nem tenho muitos porquês, só quero o que der com um pouco de tempero para não ficar sem graça.
Imagem do post: Tumblr / Morningstar