Branca como a neve, redonda como uma bola, no tamanho exato, essa é a bunda de neve. Um espetáculo, um primor. Nada de anões, de príncipes metrossexuais e outras frescuras do gênero. A bunda de neve não é dada a essas coisas.
A bunda de neve só viu talco Johnson e Hipoglós, sempre foi tratada com muito carinho e por isso mesmo que hoje é tudo isso. As horas de academia e os exercícios localizados só completam o que a natureza já fez com esmero.
Obvio que não a chamavam de bunda de neve, ela tinha nome, mas foi por causa dela que ficou conhecida em Guadalupe, subúrbio do rio. O jornaleiro já sabia quando aos domingos ela ia buscar a revista de fofocas usando sua indefectível calça leg, o dono do açougue já deixava separada a carne moída que ela comprava aos sábados, o atendente do bar se perdia toda vez que ela ia comprar refrigerante e não havia viva alma que ficasse indiferente quando a bunda de neve passava.
Hoje bunda de neve continua do mesmo jeito, com as mesmas formas, o mesmo balançar e a velha mania, de mesmo sem querer, causar inveja nas mulheres e desejo nos homens.
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