Façamos de conta que o ano acabou e tudo não passou de sonho. No exato momento em que estiver lendo estas mal digitadas linhas você vai perceber, olhando para os lados, que já estamos em dois mil e vinte e quatro. Sim, não tivemos o ano de dois mil e vinte e três.
Por quê?
Mera casualidade.
Casualidade da coisa toda não fazer sentido algum e estarmos
perdidos em pensamentos tão absurdos quanto um monte de gente ainda achar que o
céu é azul. Quem dera fosse.
É certo que em dois mil e vinte e quatro não teremos mais
pressões externas elevando os custos de tudo o que nos é essencial. O belo será
contemplado nos jornais. O simples muito mais valorizado e tanto lá quanto cá,
por mais incrível que possa parecer, vamos triunfar.
Façamos de conta que a magia vai voltar a reinar, que as
fadas, dos contos, estarão a nos esperar. Duendes talvez. Pessoas comuns. Gente
do bem. E tudo isso em pleno dois mil e vinte e quatro.
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Sejamos sinceros, não estamos felizes neste ano.