Nem tudo que vale um milhão merece receber exatamente o seu valor. Grande parte das coisas valiosas não vale o quanto pesa. Estipular um valor para um objeto e até mesmo para um sentimento é fácil, dá se a ele o valor que se deseja, mas encontrar quem pague este valor é a questão.
Infelizmente o exagero acontece em todos os casos. Em alguns esse exagero acaba sendo benéfico, mas na maioria é prejudicial tanto para quem paga o preço quanto para quem vende. Os que pagam o preço acabam valorizando demais as coisas comuns e os que recebem o absurdo que pediram pensam ter feito um bom negocio. Vangloriam-se todos, perdem todos.
E qual seria o valor exato?
Não existe valor exato que possa ser atribuído há nada. Sua obra vale o quanto você pensa que ela vale e ao mesmo tempo muito menos do que você imagina. Muitas vezes paga-se o preço e evita-se a desvalorização do individuo, daquele que pensa ter descoberto a pólvora.
Uma assinatura minha hoje vale menos de um real, mas alguém pode estar disposto a pagar muito mais por ela. Todos os valores são relativos e quem os estipula, o faz com base em critérios subjetivos e de caráter duvidoso.
Impostos, taxas, custo do material empregado, mão de obra, nada disso justifica o despautério. Quando se extrapola o limite do absurdo, cria-se uma clara linha que separa os que acreditam e vivem a realidade, daqueles que constroem um mundo particular.