Admiro os casais ousados, aqueles que largam tudo para viver em uma cabana com as roupas do corpo, se alimentando de amor e sexo em doses cavalares. Admiro muito e respeito os que não têm medo de assumir uma paixão, aqueles que não estão nem aí para as convenções.
Casais assim, com personalidade e coragem, não são mais felizes que outros casais e nem tem a garantia de uma relação infinita, mas por correrem mais riscos, vivem tudo de forma mais intensa. Os beijos são mais demorados, os abraços são mais apertados, o sexo é mais safado e sem pudores, a vida tem mais emoção.
Todo mundo sonha com um príncipe encantado ou com a princesa do castelo, mas a maioria quer apenas ostentar um troféu, a mais nova conquista. Poucos assumem o ônus de suas escolhas e pagam o preço de sua ousadia. Os casais convencionais têm medo, são hipócritas e vivem uma vida de novela das oito. Não existe realidade em um passeio no shopping ou em um almoço de domingo, não existe verdade nas declarações de amor feitas no dia 12 de junho.
Fico profundamente triste com os que sorriem amarelo, com os que traem em busca do novo e principalmente com os que não se posicionam na hora que devem. Sou contra os radicalismos, mas completamente a favor da paixão.
Não existe essa coisa de alma gêmea ou de metade da laranja, o que existe são duas pessoas com capacidade e coragem para ligar o foda-se e mandar a merda todos aqueles que se dizem apaixonados, enamorados, mas são apenas enfeite de bolo.