A rapidez com que as coisas acontecem não é nada se comparada à força da nossa inércia. Temos tanta vontade de mudar quanto preguiça para fazer as coisas acontecerem. É sempre na segunda feira, na semana seguinte, no próximo mês ou no ano que vem e com isso, vamos adiando planos, projetos e sonhos.
É mais fácil, seguro e confortável reclamarmos da vida e das oportunidades do que colocar a mão na massa. Para todos os casos sempre teremos o medo e a falta de alguma coisa para nos confortar quando pensarmos no que deixamos de fazer ou viver.
As circunstancias conspiram contra, as pessoas não dão crédito, nós não encontramos o momento certo para agir e o tempo vai passando. Quanto mais velhos ficamos, seja física ou mentalmente, mais dificuldades vamos encontrar e mais coisas vão ficar para trás.
Na seara de lamurias e lamentos vamos encontrar apoio nos livros de auto-ajuda e nas frases edificantes que postaremos nas redes sociais. Para que correr o risco de ser feliz se podemos viver a mediocridade de uma vida sem tempero.
Amigos vão nos aturar até que terminem seus projetos e não tenham mais tempo para nós. Familiares farão o mesmo e vamos ficar ali, parados a espera de uma redenção, de um milagre. Um dia quando acordarmos talvez ainda possamos recuperar o tempo perdido, mas às vezes esse tempo perdido é caro demais.