Duas antes de acordar, três antes de dormir e eu nem sou o super homem. Vontade máster zero de aparecer ou ser o fodão da história toda, apenas não sei de onde consegui disposição para fazer o que fiz. O ambiente estava todo propício ao ato, ela era maravilhosa e o vinho desceu suave, mas mesmo com tudo isso o que eu consegui naquela noite não me coloca acima de ninguém.
Tudo parece artificial e quando lembro os detalhes parece que agi como uma maquina com o único proposito de realizar a tarefa proposta ou cumprir com algo previamente estabelecido.
Detesto esta busca desesperada por mais isso ou mais aquilo, essa proposta de metas impossíveis ou alcançáveis com o máximo esforço possível, de no fim não conseguir fazer mais nada. O esgotamento é tamanho que o prazer se torna secundário.
Impomos-nos isso tudo porque precisamos sempre superar a nós mesmos e a todos os outros. Vivemos insaciáveis atrás do que consideramos como aquilo que pode nos satisfazer. Não queremos um carro e sim o carro. Não visamos apenas saúde ou bem estar e sim sermos admirados por nossa condição física.
E assim, de conquista em conquista, de resultado em resultado, deixamos de lado o que nos cerca e focamos naquilo que desejamos, mas sabemos que teremos que nos superar para alcançar.