Fazer de conta que nada aconteceu, que você morreu no instante em que nos separamos e nunca mais nos vimos. É sempre diferente do que os livros dizem e as pessoas contam, é diferente da novela, do filme e do final feliz que não tivemos. É a vida em sua forma bruta nos ensinando como tem que ser.
É fácil fazer de conta, brincar de teatrinho, montar um circo e sair por aí. De verdade mesmo não existe amanhã se o presente não corresponde ao que se deseja do futuro. Quando tudo termina é que entendemos o começo das coisas que sempre estiveram a nossa espera do lado de fora das construções de aço.
Três dias em cinco semanas por ano e lá se foi o meu verão pensando naquilo que você nunca me disse. Cem maneiras de te dizer “eu te amo” e nenhuma delas me veio à mente quando precisei. Falhamos!
Que venha o outono no meio da primavera e o inverno em pleno janeiro, que chegue logo fevereiro e com ele o natal fora de época, a celebração exacerbada daquilo que já se foi. Que você reflita, que nós reconheçamos e que tudo se ajeite. No meu tempo, do seu jeito e a nossa maneira.