Não existe nenhuma vantagem em se vangloriar de algo que não lhe beneficia. O teatrinho, até funciona, mas só engana a você. E hoje onde o dialogo é estimulado, as conversas francas são celebradas, me causa estranheza saber que ainda existem pessoas que fingem prazer.
Imagino que elas consigam fazer coisas das quais não se orgulhem, se submetam inclusive a privações, mas não consigo entender que elas façam isso porque gostam. Fazer de conta pelo simples prazer, que considero desprazer, é algo que penso ser masoquismo.
O discurso de que aqueles que são “enganados” não percebem, acaba tornando a coisa pior ainda. Quem mais se engana é quem finge um sentimento, quem inventa uma alegria e se esconde atrás de um personagem. Aquele que vive a ilusão do que não conhece, do que não sente, do que não vive, está deixando de aproveitar a plenitude do momento. O ato em si é menos importante do que as sensações que acontecem, do que aquilo que ambos vivenciam.
