Volto a contar fatos estranhos no meio da rua para desconhecidos. Deus do céu, o que estou fazendo? Não consigo acreditar que em menos de uma hora contei a história da minha vida para mais de cento e cinquenta pessoas. Sinto-me como se estivesse compartilhando meus dilemas em um status publico da rede social mais popular, pelo menos sem fotos.
Metade dos que ouviram não curtiram, um terço talvez vá compartilhar a informação e contar para os amigos ou para outros desconhecidos às histórias da minha vida. O restante curtiu e está pronto para repassar o que ouviu para o maior numero possível de pessoas, esses tenho certeza de que vão querer ser meus amigos. Estou propenso a aceitar sem pestanejar a amizade das moças, vi uma loirinha no meio do bolo que me agradou demais, mas não estou certo se devo considerar a amizade dos rapazes.
É claro que não contei tudo para eles, alguns detalhes eu ocultei e só quem sabe são os meus amigos de verdade ou aqueles que penso serem meus amigos. Analisando com calma e mais detalhadamente, a vida se parece muito com o que acontece na tela do computador. De certo que a rede social copiou a vida, mas nos dias de hoje tudo está confuso demais e misturado.
