Ponto de interrogação, vírgula, hífen, ponto de exclamação. Tudo junto no mesmo texto, misturado com um monte de outras letras e alguns caracteres estranhos. Pedaços pequenos de coisas desconexas em meio à chuva de pensamentos tortos. Um pequeno delírio, uma permissividade enorme e o medo de não estar sendo compreendido.
Há em todo o processo a necessidade de agradar, de mostrar, de pertencer e é por isso, por conta tão somente disto, que ainda buscamos a perfeição. Mesmo sabendo que ela não existe, é a busca por ela que nos faz continuar dia após dia nesse mesmo ritmo, da mesma maneira.
As paradas, as curvas, os atalhos, fazem parte e não atrasam em nada nossa caminhada, pelo contrário, nos movem com mais propriedade. No final, quando a consciência se convencer de que não há nada a ser encontrado, que a busca pode ser interrompida, vamos descansar com a certeza da tentativa feita.