Sempre que o espelho insiste em me mostrar àquilo que já conheço, a visão que sempre tive, começo a pensar em mudar a forma, em desconstruir a figura que nele aparece refletida. Tudo fica mais claro e os pensamentos fluem melhor quando assumo a vontade da mudança, sem tentar lutar contra aquilo que é mais forte.
A questão não é estar dentro de padrões ou tentar ser o que dizem ser o mais aceitável. O fato é que diariamente quando confrontado com a realidade, ela se parece mais cruel do que realmente é. Na tentativa vã de mudar a realidade, a mente cria a ilusão de que algo será mudado, quando ela sabe que nada vai acontecer.
O espelho é referência, objeto figurativo usado para ser o detonador do processo interior. O que se vê está na mente, o que não se vê é produzido pelo subconsciente, que cria meios de trazer a tona os desejos ocultos que sempre existiram.
