“Eu quero você!”
“Eu quero te ver!”
“Eu quero ficar com você!”
Eu quero! Pronto, é mais ou menos isso, e está muito em falta por aí. Ninguém mais quer nada, mas ao mesmo tempo reclama que não tem aquilo que não quer. Não tente entender, você não vai conseguir e é por isso, por conta dessa dualidade besta, que as distancias vão aumentando.
Deveria ser simples, mas falta vontade e sem vontade não se vai a lugar algum. Faz-se muito rodeio, dá-se muita volta e acaba-se perdendo oportunidades preciosas de fazer o que se quer, com quem se quer ou do jeito que se quer. Não há a coisa do medo, essa fase já foi. O que realmente pega e onde as pessoas pecam, é em não dizer aquilo que se pensa, em não exercitar o querer.
Há um que de egoísmo nisso tudo, algo até meio que infantil, de criança mimada, mas no fim das contas a decisão é compartilhada. O seu querer não suplanta o querer da outra pessoa e ambos, querendo, fazem acontecer. Alguém precisa iniciar o processo, alguém precisa querer primeiro para despertar o querer do outro e é nessa hora que as coisas emperram e tudo para.
O querer vem sendo colocado de lado, as relações vem sendo relegadas há dias “especiais” e os sentimentos tem sido abafados, ignorados, até que morram por completo. A superficialidade é tanta que até um abraço só acontece por força das convenções.