quarta-feira, junho 24, 2015

Pra rua me levar

pra rua me levar

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você

É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar

Ana Carolina & Totonho Villeroy

Imagem do post: Tumblr / Hottest babe

Mês do amor – A indústria do obvio

a industria do obvio

É obvio que o obvio vende e que eu estou me utilizando dele para escrever este texto, mesmo sabendo que neste caso, o obvio não vai me ajudar em nada. O obvio é tudo o que já sabemos, mas que mesmo assim consideramos fantástico quando outro alguém fala ou escreve e se esse alguém for uma “celebridade” ou alguém “conceituado”, essa obviedade torna-se ainda mais fantástica.

São frases feitas, constatações daquilo que todo mundo está careca de saber, autoajuda disfarçada de discurso bonito e só. É muita gente tentando ajudar, tentando ser o rei das palavras bonitas e no fim, temos pouca ou nenhuma novidade. O mais do mesmo é a tônica do momento, é o que dita o ritmo das coisas.

Percebo que as pessoas precisam de alguém que lhes diga tudo aquilo que elas não conseguem compreender, tudo aquilo que a maioria já sabe, mas que não consegue aceitar como sendo válido se não vier da boca ou das mãos de outro alguém.

Poderia citar diversos exemplos, mas acho que não seriam válidos, pois aí eu é que estaria caindo na obviedade de dar nome aos bois e, mesmo sem querer, exaltando o que acho que não tem sentido algum. Meu conselho? Fuja do obvio!

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sexta-feira, junho 19, 2015

Mês do amor – Via de mão dupla

via de mao dupla

Quando é para ser é, quando não é para ser, não é. Simples como água que nasce da fonte ou como o sol que brilha no horizonte. Não me venham com complicações, encanações ou teorias da evolução do amor maior, porque isso é tão e somente historinha para boi dormir. Vale o que está escrito ou que se convencionou como tal e não o que se pensou ser o certo, até porque essa coisa de certo ou errado não existe.

Quem dá quer receber. Ponto.

Quem dá mais pode não receber igual, mas aí, deu demais porque quis ou achou que deveria. Quem dá menos não deve esperar receber mais, porque aí, já é querer demais. E é assim que as coisas seguem, acontecem e permanecem. Quem dá recebe e quem recebe tem que dar.

A via tem que ser de mão dupla e não de mão única. Essa coisa toda de achar que pode ser melhor do que o outro apenas porque se acha diferente não funciona nos dias de hoje, pois de especial, nem o papa. Vale quem se esforça para fazer acontecer, quem se preocupa de verdade e quem está a fim de encarar a realidade. Quem fica de conversinha, de papo furado ou quem acha bonito ser indiferente, só merece ser largado ao relento no meio da pista.

Dizer que fez o que pôde, quando pôde, é desculpa que não cola mais. Originalidade é ser verdadeiro, autentico, e não criar todo um enredo fantasioso para dizer que gosta, tem vontade, mas não tem tempo. A sabedoria popular já vaticinava há muito tempo: Quer me fuder, me beija. Pelo menos isso.

Agora, quer brincar com os sentimentos de outra pessoa, quer apenas ficar de chove e não molha, ok, mas procura quem também queira e não empata a vida de quem quer ser feliz.

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quarta-feira, junho 17, 2015

Mês do amor – Parem as máquinas, o dia 12 já passou

parem as maquinas

De certo as flores já murcharam, os chocolates já foram consumidos, os presentes utilizados ou então guardados para uma ocasião especial e tudo o que tinha que acontecer já aconteceu. Podem parar as maquinas, desligar os holofotes, cessar com o excesso de doce e voltar à rotina, o dia dos namorados já passou. Ninguém precisa mais se declarar perdidamente apaixonado ou desejar viver a eternidade com outro alguém.

Todo esse romantismo momentâneo serve tão somente, única e exclusivamente, para nada. Sabemos que no dia a dia, na correria da rotina, as coisas não acontecem como são mostradas nas fotos do Instagram ou nos status do Facebook. Os exageros incomodam porque fogem do usual, destoam na paisagem, soando tão mais falso que uma nota de três reais.

Cinco minutos após a meia noite do dia treze de junho, já podíamos ver os velhos rostos de sempre. Os muxoxos, os enfadonhos suspiros de cansaço e todo aquele mau humor corriqueiro que acompanha os casais que só se enamoram no dia doze de junho. Os restaurantes cheios vão justificar a cara emburrada no final do mês com a chegada da fatura do cartão e os presentes trocados por algo que preste, justificam a falta de conhecimento que um tem do outro.

Estar apaixonado quando todo mundo também diz estar é fácil, no meio da multidão os gatos são pardos. Manter essa paixão e todo o romantismo quando a maioria já não consegue esconder o tédio é que separa os que se amam de verdade daqueles que só querem seguir a manada. Quem gosta de verdade não precisa se expor desnecessariamente no dia dos namorados e muito menos tornar publico algo que é privado.

Declaração não é somente a do imposto de renda e pode ser feita todos os dias, não precisa esperar uma data especifica. Quem muito alardeia seu amor é porque quer ou precisa demonstrar algo que na maioria dos casos, não existe.

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terça-feira, junho 16, 2015

Mês do amor – Somente o que se quer

somente o que se quer

Quem quer somente um amor, um caso qualquer, paixão passageira. Quem quer fingir que não quer coisa verdadeira ou até um pequeno chalé no alto da colina. Quem quer, quem diz que não quer, quem vai perceber que não deu certo e mudar o rumo, sair do prumo, perder a razão de vez. Loucura é viver pela metade quando se pode encarar a plenitude de uma vida feita de atitude e vontade.

Mente quem ignora os avisos, mente quem diz que sabe o que faz e mente mais ainda quem diz que é feliz no meio da selva de hipocrisia dos tempos modernos.

Ao fim do tempo regulamentar, quando nada mais fizer sentido, saberemos quem está realmente preparado e quem está apenas de passagem, cumprindo uma etapa nesse mundo. Ao fim do que se apresenta, o que restar, será aquilo que merece ficar, porque é digno de pertencer.

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Mês do amor – Despertar ao seu lado

despertar ao seu lado

Ali naquele restaurante cheio de pompas, com ela sentada a sua frente, linda, maquiada e perfumada, parece fácil e impossível não se apaixonar. Vê-la com toda a sua beleza, brilho no olhar e sensualidade, é um convite e tanto para se atirar sem medo a paixão. A noite segue animada, iluminada e tudo acontece de acordo com o script. Vocês seguem e recomeçam tudo em quatro paredes e é lá que as coisas esquentam fazendo com que depois de exaustos vocês adormeçam.

No dia seguinte vem o despertar sem luzes coloridas, maquiagem, cabelos arrumados e qualquer outro artificio. Os lençóis cobrem o corpo desnudo e todas as possíveis imperfeições estão lá, a mostra, sem adornos ou adereços. E então é isso, olhos nos olhos e pronto. Ver aquela pessoa tão especial da noite anterior de uma forma diferente, e conhece-la da forma como ela é no dia a dia, faz com que você saia do conto de fadas.

Muita gente se desaponta porque fantasia algo que não existe, imagina a princesa ou o príncipe encantado no castelo e esquece que as pessoas não andam por aí produzidas vinte e quatro horas por dia. Bons sentimentos, bom coração, quase todo mundo tem, mas sabemos que isso não é a primeira coisa que nos atraí e, portanto, o foco deve ser no ser humano real, aquele com quem vamos conviver e acordar todos os dias.

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domingo, junho 14, 2015

Mês do amor - Você pode chorar

voce pode chorar

Você pode chorar, pode se lamentar, pode até desejar que não mais aconteça, mas será que consegue mudar o final dessa historia confusa em que você se meteu.

Você pode pedir, pode até reclamar, chegar a pensar que não vai resolver lutar tanto assim por algo que não tem mais jeito e aí vem o defeito de todo ser humano direito, que resolve morrer antes de nascer.

Você tem condições, só não pode perder a razão e tem lutar com a emoção para não ser mais um na multidão. O que acontece não tem nada haver com o que já aconteceu, você só precisa entender que dá para ir mais além.

Você deve chorar sempre que precisar e não se importar com o que vão pensar. Faz bem quem decide viver e aquele que vive sem medo de ser o que é, mesmo que isso seja difícil. E assim a cada recomeço, a cada tropeço, é um novo sol que aparece e quando o dia amanhece é o momento certo de levantar a cabeça e sorrir.

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Barril de pólvora

barril de polvora

Nessas épocas de pensamentos absurdos, de lados tão diametralmente opostos, sempre veremos o bom versus o mal. O certo versus o errado. O lado A versus o lado B. O mocinho versus o bandido. No fim nada é o que parece e ambos os lados estão errados ou agindo justamente da forma que mais condenam ou do modo que menos desejam que aconteça.

Um fica esperando o outro errar, o outro cometer a mínima falha possível, para que iniciem os ataques gratuitos. Mais recentemente tivemos a campanha publicitária em que um lado se sentiu ofendido e o outro se fez de vitima. Agora estamos vendo o contrário, mas com o mesmo contexto. O ofendido e a vitima. Nenhum dos dois lados é responsável direto por nada e ambos têm sólidos argumentos para defender seus pontos de vista.

Com intenção ou não, desejo ou não, o fato é que o pavio já é curto o bastante e não há a necessidade de mais gente colocar lenha na fogueira ou usar de artimanhas ocultas em um gesto de generosidade para lançar farpas.

A guerra já foi declarada e existe, ela só fica ali adormecida à espera de uma provocação ou de algo que seja entendido como uma. A liberdade deve ser vista por outro prisma e não apenas como forma indistinta de se fazer o que der na telha, seja você de que lado for, lutando você a guerra que for.

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sábado, junho 13, 2015

Busca sem sentido

busca sem sentido

Assusta-me perceber que as pessoas perderam um pouco a noção dos seus valores. Hoje fazem tudo por fazer, entram nas coisas por entrar, porque todos estão entrando ou fazendo. Não há objetivo definido, é simplesmente o que se tem para o momento e pronto. É isso aí.

É muita teoria, conversa mole e fiada, para pouca atitude, pouca vontade, pouca empolgação. Fica a coisa de se doar pela metade, de não se dar por inteiro, faz-se o que dá e o que não dá empurra-se com a barriga.

Não quero dizer com isso que todos tenham que se matar ou enfiar-se em um processo árduo e estafante, para chegar a um lugar que nem sabem onde é. O que quero dizer é que se deve dar o melhor de si em todas as situações.

Nunca se deve abdicar da própria felicidade, ela deve vir em primeiro lugar, mas não pode ser a felicidade de capa de revista e sim a felicidade interior, a do dever cumprido. Acaba-se gastando recursos materiais, psicológicos, físicos em vão, apenas porque alguém disse que era isso que deveria ser feito e no fim fica a frustração de ter feito algo apenas por fazer e não com um objetivo claro, que é a busca pelo que lhe faz bem.

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Mês do amor - Tudo menos a fofura

tudo menos a fofura

Pode ser que exista algo pior, mas quando uma mulher diz que você é fofo, tenha certeza de que você deve fazer alguma coisa com urgência. Ser chamado de fofo é algo como ela dizer que você é apenas um bonequinho divertido, um bibelô que fica em cima de uma estante e é apreciado pelas visitas. Talvez a sua avó, quando você era pequeno, dissesse que você era fofo, mas depois que você cresce e vira homem, o ideal é que nenhuma mulher fale isso.

Nada contra os que se consideram fofos ou as que adoram os “fofos”, mas esse excesso de fofura coloca as coisas em um patamar perigoso. Quem entra nessa classificação fica marcado como o cara certo para se ter por perto, desde que longe da cama.

O cara fofo é o tipo que as mulheres querem no restaurante para pagar a conta, nos momentos em que terminaram um relacionamento para desabafarem e até quando precisam de alguém para acompanha-las ao shopping.

Esqueça essa coisa de bons versus maus, porque quando ela te chama de fofo não está incluindo você em nenhuma categoria especifica, mas ao mesmo tempo está dizendo com todas as letras do alfabeto que você não é homem para ela. Eu diria, que é preciso mudar de postura, pois se uma o considerou um fofo é provável que outras também façam isso.

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sexta-feira, junho 12, 2015

Mês do amor - Um para o outro

um para o outro

Ela é mulher demais para esse aprendiz, assim como eu sou homem demais para ela. Enquanto ela é perfeita para esse sonhador, eu sou perfeito para ela.

Sei que fomos feitos um para o outro e vice versa também.

No mundo não existe mais ninguém que me completa como ela faz e eu sei que para ela também não existe ninguém tão capaz. Somos demais.

Já fomos carnaval fora de época. Brincadeira de verão em pleno inverno. Romeu e Julieta às avessas. Criatividade a toda prova.

Sentimento que sempre se renova e nunca se cansa de crescer. Hoje mais do que ontem nos amamos, mas sei que ainda temos muito que aprender.

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Mês do amor - O melhor que há em nós

o melhor que ha em nos

Começamos a planejar o nosso futuro no momento em que nos conhecemos e nem sabíamos ainda que o destino ia nos juntar, mas já estávamos conscientes do que queríamos e do que faríamos para que tudo se transformasse em realidade. Começamos antes mesmo de tudo começar e naquela tarde sombria, em que o céu ameaçava nos brindar com um belo temporal, nos cruzamos e nunca mais nos separamos.

Conhece-la aquele dia foi inesperado, mas me mostrou que muitas coisas podem e acontecem por obra do acaso. Não era para estarmos ali, mas a simples ameaça de um temporal jogou todos para dentro daquele shopping. Você parou ao meu lado preocupada com a chuva e seus desdobramentos, eu olhei em seus olhos e admirei-me com tamanha beleza. Naquele momento esqueci de tudo e comecei a só pensar em quem era aquela moça tão linda ao meu lado.

Conversamos por poucos minutos, decidimos fazer um lanche, fomos ao cinema, trocamos telefonemas, e-mails, saímos no dia seguinte e começamos a namorar. Cinco anos depois já estávamos casados e hoje estamos separados. Nem tudo foi como planejamos, mas de certo tudo saiu melhor do que se tivéssemos planejado.

Pensar na separação como algo ruim é algo que jamais podemos fazer, pois a vida é feita de etapas, fases e as nossas foram as melhores, todas elas. Desde o primeiro dia, até hoje, fizemos tudo com amor e principalmente respeito. O que nos uniu e o que nos separou, foi um sentimento maior de querer bem e por querer bem um ao outro, alimentamos o melhor que há em nós todos os dias.

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Mês do amor - Suas verdades

suas verdades

Você deve ter todos os motivos do mundo para evitar as pessoas, para evitar se envolver, para evitar dizer a verdade e não para os outros, mas sim para si mesma. Tudo aquilo que você tanto acredita, aquilo que você defende com unhas e dentes, na realidade não existe e você sabe disso. Você cria mil histórias, teorias, conceitos, traumas, neuras e no final de tudo, fica aí, sozinha, vomitando bravatas inexistentes.

Sabemos que o seu medo é o de se dar por inteiro e descobrir que era isso que deveria ter feito há muito tempo atrás. O seu medo é o de perceber que viveu esse tempo todo iludida, pensando estar certa quando sempre esteve errada.

Sinto por você não se dar conta do acontece a sua volta, não se preocupar com a continuidade de tudo e, o pior, não pensar que há ainda muitas chances de ser feliz.

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Mês do amor - Dia dos namorados

dia dos namorados

- Você sabe que dia é hoje?
- Pelo calendário hoje é sexta feira.
- E que dia?
- Sexta feira dia doze.
- Doze de que mês?
- Doze de junho.
- E isso não te lembra de nada?
- Hum, paguei o aluguel na semana passada. O seguro do carro ainda não venceu. É aniversário da sua mãe?
- Pense melhor...
- Pensar em que?
- No significado do dia de hoje. Restaurantes lotados, pessoas felizes, casais nas ruas...
- Meu Deus anteciparam algum feriado?
- Não! Não é possível que você seja tão desligado!
- Não sou desligado, apenas não sei que raio de coisa tem no dia de hoje e que é tão importante assim que eu preciso me lembrar!
- Hoje é doze de junho, dia dos namorados!
- Ah! Pensei que fosse alguma coisa séria, isso eu sabia.
- Então porque não falou logo?
- Falar o que?
- Quando lhe perguntei sobre o dia de hoje, você disse um monte de bobagens, porque não disse que era o dia dos namorados?
- Porque você sabia, isso é obvio demais.
- Ok e você não vai dizer nada a respeito desta data?
- Dizer... O que?
- Ei? Estou aqui, na sua frente, sou sua esposa, mereço no mínimo algum tipo de consideração nesta data. Comprei para você um lindo presente, fiz um belo jantar e você até agora nada. É isso? Você simplesmente acha que é mais um dia como outro qualquer e vai ignorar tudo o que está acontecendo?
- Não ignorei nada. Estou aqui, jantei com você, não fiz nada demais.
- É isso, você não fez nada, você nunca faz nada!
-Ei, eu sou o seu melhor presente! Não preciso fazer declarações, o dia dos namorados é todo dia e não só no dia doze.
- Sim, todos os dias e em todos eles você faz a mesma coisa, tem as mesmas atitudes. Obrigada!

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Mês do amor - Noite e dia

noite e dia

Há dias em que fica difícil explicar a noite e há noites em que fica fácil curtir o dia. Há você e eu no meio do nada bebendo suco e em pleno verão usando casacos de lã. Tem sempre alegria no nosso dia a dia, tem sempre magia em nosso entardecer. Nossas noites são quentes e nossos dias são demais. Descobrimos juntos um monte de coisas, vivenciamos diversas sensações e hoje planejamos o futuro.

Vamos para o Alasca a pé, voltaremos para São Paulo em fevereiro e ainda assim seremos felizes no Recife com nossos três filhos. Duas meninas e um menino, como sempre sonhamos. O seu preferido é sorvete de pistache, o meu predileto é flocos, mas nunca trocamos uma mensagem sequer a respeito disso. Foi tão suspeito quando compramos pipocas que nunca mais sonhamos acordados.

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Mês do amor - Fácil e simples

facil e simples

Gostar de você deveria ser fácil e simples, mas você é uma mulher difícil, com gostos distintos e um desafio a minha capacidade de adaptação. Da ultima vez que nos falamos você estava no Japão e ontem já soube, através das redes sociais, que você jantava em Portugal. Imaginar tantas idas e vindas, tantos encontros e desencontros, talvez me desestimulem e tentar algo mais.

Um dia, lembra? Naquele inverno enquanto bebíamos o seu vinho preferido, você me disse que sabia exatamente o que queria e sorriu. Aquele foi o sorriso mais bonito que vi em toda a minha vida, mas também foi o ultimo que você me deu. Em todos esses anos que ficamos sem nos falar, sem nos ver, nunca deixei de pensar no quanto tempo perdemos em busca de algo que sempre soubemos onde estava.

Você praticamente viajou pelo mundo e eu me atolei de trabalhos, perdi prazos, conquistei metas e sonhei conosco.

Deixar de gostar de você deveria ser fácil e simples, mas você é especial e eu te amo.

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Mês do amor - A noite

a noite 2

Uma lingerie bem escolhida, acessórios e nada mais. Poucas coisas podem ser tão simples quanto o ato de você se vestir adequadamente para uma noite especial. Noites especiais não são aquelas em que tudo acontece ou que tem que acontecer, noites especiais podem e ensejam várias coisas e essas coisas não precisam necessariamente ter alguma ligação com o sexo em si.

Obviamente que a primeira coisa que vem a mente é uma noite de prazeres e porque não uma noite de prazeres gastronômicos, sensoriais e emocionais?

A noite pode começar em um restaurante ou com um jantar no próprio lar. Pode enveredar por um passeio na orla ou com uma música para se dançar de rosto colado. Tudo pode terminar com um beijo de despedida ou no quarto, na cama.

A intenção tem de ser a de uma noite agradável e não de uma noite focada em uma única experiência ou voltada apenas para o final da festa.

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Mês do amor - Ele e ela

ele e ela

Ela pode ser a mais bonita do mundo, mas não será nada se não estiver ao meu lado.

Ele pode ser o mais bonito do mundo, mas não será nada se não estiver ao meu lado.

E porque cargas d’água quantas vocês não estão juntos?

Ela é seletiva demais.

Ele é seletivo demais.

Então ambos são seletivos?

Ela tem essa coisa de não querer se apaixonar, se entregar.

Ele tem essa coisa de não querer se apaixonar, se entregar.

Isso não faz o menor sentido, ambos se gostam, querem um ao outro, mas não se tem apenas porque são seletivos e não querem se entregar?

Ela não sabe bem se sou o cara certo.

Ele não sabe bem se sou a mulher certa.

Um dia? Talvez? Vocês tem alguma esperança de que aconteça alguma coisa?

Ela talvez tenha, eu não sei ao certo se quero e posso esperar tanto tempo.

Ele talvez tenha, eu não sei ao certo se quero e posso esperar tanto tempo.

Mês do amor - Profundidade

profundidade

Passei da fase dos arranjos complicados, das coisas rebuscadas e da intensidade. Há muito já não tenho vontade alguma de contar com a sorte ou desejar que o fim seja breve. Onde falta vontade, onde não há verdade, deixa de existir também a sanidade. Impressiona estar ao lado de uma pessoa por tanto tempo, vivenciar tantas coisas e depois de anos descobrir que nada foi real.

Impressiona, mas não abala. Estruturas solidas resistem aos impactos sem maiores arranhões, mas não somos estruturas solidas e sim seres humanos de carne, osso e sentimentos. Seres humanos sentem a porrada, absorvem o impacto e caem depressivos quando tudo a sua volta perde o sentido.

O que antes poderia ser considerado um ultraje, hoje é apenas uma virose dessas que vemos por ai nas redes especializadas de saúde. E o que mais podemos esperar ou querer de sentimentos e pessoas que não mergulham, que não se jogam, que não vão ao fundo. Pessoas rasas são como piscinas infantis, molham o tornozelo e só.

Imagem do post: Tumblr / Para com isso, mulher

Mês do amor - Certezas

certezas

- Amor, você tem certeza que guardou as alianças?
- Tenho sim, mais certeza do que a de que estou vivo.
- Engraçadinho... Da última vez, com os convites, você disse a mesma coisa e quando vimos eles ficaram lá na gráfica.
- Dessa vez não há a mínima chance dessas alianças estarem na joalheria, porque elas estão na gaveta da mesinha de cabeceira, do lado em que eu durmo e todas as noites olho para elas antes de deitar e me certifico que estão lá.
- Ok confio em você e acredito que elas estão lá, agora que tal se arrumar?

Chaves na ignição, motor ligado, carro em movimento. A caminho da festa.

- Amor, você tem certeza que pegou as alianças?
- Tenho sim, mais certeza do que a de que o céu é azul.
- Engraçadinho... Da última vez, com os doces, você disse a mesma coisa e quando vimos eles ficaram lá na geladeira.
- Dessa vez não há a mínima chance dessas alianças estarem na gaveta da mesinha de cabeceira, porque enquanto você estava no banho me certifiquei de tê-las posto no bolso do paletó e elas estão aqui.
- Ok confio em você e acredito que elas estão aí, agora que tal entrarmos?

Acenos, cumprimentos, beijos, abraços, várias doses de champanhe, canapés e música ambiente.

- Amor, você tem certeza que é isso que você quer?
- Tenho sim, mais certeza do que a de que você está aqui na minha frente.
- Engraçadinho... Da última vez, com o filme, você disse a mesma coisa e quando vimos você escolheu outro titulo que não tinha nada haver.
- Dessa vez não há a mínima chance de fazer outra escolha. Você é a mulher que escolhi para dividir a vida, para somar as realizações e fazer com que os momentos ruins sejam os mais breve possíveis. Você é a pessoa que decidi amar desde o primeiro dia em que a vi. E hoje, mais do que em todos os outros dias, eu me certifiquei de que tudo seria perfeito e está sendo a melhor noite da minha vida. Não há de forma alguma a menor chance de fazer outra escolha.
- Ok confio em você e acredito que a sua escolha tem muito haver com a escolha que fiz desde o primeiro dia em que o vi.

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Mês do amor - Incrível

incrivel

Incrível pensar em você a todo instante.

Incrível não ter limites para amar.

Incrível ser o que não se é toda vez que se quer ser diferente do que se é, apenas e tão somente para agradar, para deslumbrar e quem sabe conquistar.

Incrível não te ver e mesmo assim ainda te amar.

Incrível estar longe e tão perto. Estar lá e aqui.

Incrível contar as horas para sair e as horas para não dormir quando estou ao seu lado.

Incrível acontecer tanta coisa, aparecer tanta gente e mesmo assim não enxergar ninguém além de você.

Incrível ler em voz alta a letra da sua canção preferida só para sentir você mais perto.

Incrível aparecer na hora certa, no lugar exato e no momento em que você estará lá, linda, como sempre imaginei.

Incrível acordar e descobrir que sonhos podem ser realidade quando acreditamos neles e mais do que isso, quando fazemos com que eles aconteçam.

Casa comigo?

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Mês do amor - O nosso amor a gente inventa

o nosso amor a gente inventa

Para se distrair inventamos um monte de coisas, inclusive amores. Novos sabores, novas dores, emoções e sensações, inventamos que o céu pode ser azul, que o sol deve sempre brilhar e inventamos também de apaixonarmos por uma pessoa qualquer e esta pessoa, geralmente não está nem aí. Não está aí para tudo o que inventamos, para nossos delírios e principalmente pelo nosso amor.

Esse amor inventado que cismamos que tem que existir pode ser maravilhoso quando correspondido, quando dividido, mas pode ser um pesadelo quando não compartilhado. Por mais que tenha sido inventado, ele existe dentro de nós e espera apenas por uma oportunidade para existir dentro da pessoa que escolhemos para ser o nosso par.

O céu azul, o sol que brilha, os novos sabores, as dores, as emoções, as sensações, e todo o restante, mesmo que inventados, ainda conseguem nos fazer acreditar que o amor também pode dar certo. E se o amor pode dar certo, tudo pode acontecer.

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Mês do amor - Onde esconderam o amor

onde esconderam o amor

Em algum lugar ele deve se encontrar, em algum canto lá nos confins, em alguma caixa largada no armário, em um bloco de anotações perdido ou até mesmo pode estar no fundo mar. Quem escondeu o amor e resolveu que as relações seriam frias, distantes e pautadas no sexo, de certo não é muito bom da cabeça e tem que aprender algumas coisas a respeito de sentimentos.

O excesso de qualquer coisa é prejudicial à saúde, física e mental, mas a falta de amor é muito mais prejudicial que todo o resto. Onde falta amor começa a desaparecer um monte de coisas. Desaparece o carinho, o respeito, a sinceridade, à vontade, o querer e tudo aquilo que existe em uma relação saudável.

Importante que se busque sempre encontrar o amor perdido, escondido, aquele que sempre existiu, mas que está oculto e deve reaparecer para que a harmonia se mantenha.

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Mês do amor - Medidas

medidas

Eu sei, tenho consciência disso, que lhe dei muito mais do que poderia dar. Não que você não merecesse, porque não tem como se quantificar a coisa do merecimento, do quanto uma pessoa deve ou não receber. Eu apenas dei mais do que poderia dar e quando tudo ruiu fiquei lá perdido, naufrago no meio do mar, sem saber para onde ir. Não havia respostas porque nunca houve perguntas.

Não existe formula mágica, as coisas vão acontecendo. Eu quis, mesmo não podendo. Você fez o que quis, talvez sabendo ou não. Não existe a mensuração do que é ou do que não é, porque quando isso acontece é sinal de que o caminho está errado. Tudo deve acontecer naturalmente, tem que ser o que o coração mandar e a mente dizer que vale.

Fato que quando é demais fica excesso e quando de menos fica faltando. Tem que haver uma medida e esta medida é encontrada com a vivencia e para isso já que se ter paciência. Erros vão acontecer e alguns podem ser relevados, mas não podem ser demais, pois aí tudo desanda a e não dá certo.

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Mês do amor - Prazer a dois

prazer a dois

Quando se pensa em alguma coisa a dois, a maioria das pessoas já pensa em sexo, acaba sendo inevitável. É sabido que existem tantas outras formas e coisas para se fazer a dois, mas é quase sempre o sexo que vem em primeiro lugar no pensamento de grande maioria. É difícil encontrar alguém que não sugira o sexo como primeira opção quando se fala em diversão ou prazer entre duas pessoas. Nunca entendi muito essa fixação das pessoas em achar que a única coisa que um casal possa fazer a dois seja sexo.

Muita gente diz nas entrelinhas. “Tanta coisa mais interessante para fazer e vocês ficaram vendo aquele programa?”. Por “Tanta coisa mais interessante” leia-se sexo.

Porque ler um livro juntos, jantar, tomar uma taça de vinho, conversar, ficar em silencio, assistir a um programa idiota na televisão, tudo isso, não pode ser considerado um programa válido para um casal? Porque só se pode sair da rotina fazendo sexo na cozinha ou na sacada de casa?

Banalizou-se tanto essa coisa do sexo, das relações, que ficou tão mecânico perdeu-se a naturalidade. Os “males” agora são tratados com preservativos, de todos os tipos e até, pasmem, com pílulas do “dia seguinte”, que prometem acabar com todas as possíveis preocupações e consequências que poderiam existir.

Está estressado? Sexo. Está com dor de cabeça? Sexo. Por mais banal que o sexo esteja sendo, ele não é válvula de escape para nada. Sexo é bom demais, é fundamental, mas não pode ser visto como única forma de prazer dentro de um relacionamento.

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Mês do amor - Mudança de planos

mudanca de planos

O medo que as pessoas têm de assumir aquilo que estão sentindo, me intriga. O medo de se permitir ou de simplesmente deixar o sentimento fluir. Muita gente esconde os sentimentos por conta de toda uma espécie de pré-conceitos e preconceitos que já vem enraizados e com isso perdem a chance de ser feliz.

“Eu não devo fazer isso porque alguém disse que era ruim”, “Eu não devo fazer aquilo porque alguém disse que aquilo é ruim”. A pessoa não se permite, não experimenta, não tira as próprias conclusões, não se expõe. Ela apenas segue um padrão imposto por alguém que ela nem sabe quem é, mas que ela acha que é o que ela tem que seguir.

A pessoa se coloca em situações que não condizem com o que ela sente, com o que ela tem por dentro e está querendo, ela faz porque acha que é o que deve ser feito. Com isso ela vai se magoando, se privando, se machucando e sofrendo. O pior é que outras pessoas são envolvidas nessa magoa, nessa privação, nesse sofrimento. Ao mesmo tempo em que se quer uma coisa, a pessoa força-se a não querer.

Mesmo achando que não deve, no fundo a pessoa sabe que será bom se ela tentar e por isso, fica aquela coisa dúbia, a incongruência e nunca se chega a um denominador comum. A pessoa perde-se em uma seara de coisas advindas de extensos manuais que para nada servem, não desenvolve seu próprio livre arbítrio, vive de se tolir.

Alguém em algum momento disse que era isso e pronto, ela acreditou nisso tão piamente que nunca parou para se perguntar os fundamentos de tal afirmação. Nunca houve um questionamento, uma dúvida, um enfrentamento. É isso e pronto. Não existe um critério, ela simplesmente tem vontade, mas inibe essa vontade porque ela sabe que se um dia ousar dar vazão a essa vontade irá contra tudo o que sempre acreditou.

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Mês do amor - Pacote completo

pacote completo

Momentos são para serem compartilhados, mas não necessariamente tem somente haver com sexo. Muita gente acha que a tônica dos relacionamentos é focada no sexo ou que se tem que admirar uma pessoa pelos seus atributos físicos, seus dotes, pensando sempre no fim sexual da coisa. Aquele cara tem um corpo atlético, aquela mulher tem uma bunda desejável.

Não é assim que tudo deve acontecer. É claro que no primeiro momento é o visual que nos atrai. Vislumbramos a aparência, o físico do ser, mas isso não deve ser determinante e nem fator que nos leve a pensar apenas no processo sexual. Existem tantas coisas a serem feitas, levadas em consideração, que o sexo é só mais uma delas.

Existe o sentimento, o como o outro reage, o quanto o outro está focado, não é só a cama em si. Isso de ficar com uma pessoa apenas porque ela é mais apta ao sexo, só gera no futuro, grandes frustrações, porque muita das vezes as coisas não são como se imagina. Às vezes não pinta a liga.

Sexo não é tabua de salvação, nunca foi e nunca será. O foco deve ser outro, a descoberta. Quando o pacote é completo, o sexo está dentro dele, mas junto de tantas outras coisas tão importantes quanto ele e é isso que torna tudo muito mais interessante.

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Mês do amor - Tempo bom

tempo bom

Você não cuidou do amor que eu lhe dei, você desprezou meu coração, ignorou, abandonou.

Você nunca quis saber de quem te amava, você sempre só quis saber de quem sempre te desprezou.

Normal isso acontece todo dia, seja aqui ou na Bahia, sempre alguém sofre por não ter alegria. Mas a consciência é o que vale nessa hora e o melhor é ir embora e esperar o tempo bom.

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Mês do amor - Uma data é sempre uma data

uma data e sempre uma data

A simbologia das coisas, das datas, dos atos, está sempre ali, ela nunca desaparece. Podem mudar os anos, as tradições, as formas, a modernidade pode incluir novas tecnologias ao processo, mas a simbologia continua existindo. Não existe essa coisa do novo que suplanta o que já está consolidado. Muda o modo, mas não a simbologia.

As datas podem ser comerciais como muitos falam, mas elas estão carregadas de simbologia e por isso, serão sempre e automaticamente, ligadas a este contexto simbológico. Por isso é que não se consegue, em uma data que simbolize alguma coisa, ignorar esse simbolismo, seja ele apenas comercial ou não. Você pode não querer seguir a manada, pode não querer repetir os mesmos rituais que maioria, mas não pode fingir que não está vendo o mundo a sua volta.

Não dá, de forma alguma, para ignorar que hoje é o dia dos namorados ou que o segundo domingo de maio é o dia das mães. Tudo bem que você não vá ao restaurante da moda, não coma fondue ou não mande flores, mas você precisa ao menos de um gesto de carinho para com a pessoa que está ao seu lado.

É obvio que todos os dias são dias de celebração, não há a mínima necessidade de se esperar uma data especifica para dizer eu te amo ou para presentear, mas há sim, uma data em que todos comemoram e nesta data, você deve ter sensibilidade o suficiente para não se portar como um bloco de gelo.

As pessoas por mais que digam que não, sentem, porque há o simbolismo embutido no processo. Você não precisa comprar um presente caríssimo, esforçar-se para fazer algo de outro mundo e aquém as suas possibilidades, mas um simples gesto de carinho, uma palavra, muda muita coisa e pode transformar um dia que seria mais um dia qualquer, em um dia especial e não vai lhe custar nada.

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Mês do amor - O preço da liberdade

o preco da liberdade

Frustrações, decepções e o desejo de não pertencer. Será esse o preço da liberdade? Até que ponto devemos ser “mente aberta” e até que ponto devemos retroceder e fazer as coisas do modo antigo. Hoje fica aquela sensação incomoda de que ninguém quer nada com nada, porque de um lado uns querem muito e do outro uns querem demais. Antes havia um rumo, uma diretriz, hoje não existe nada que sirva como referencia ou as que existem, servem tão somente para desensinar.

Faz-se basicamente o que se tem vontade, seguem-se os instintos e, nossos instintos são animais, portanto, eles nos levam sempre ao caminho mais direto possível. No fim das contas temos muita gente magoada, muita gente sofrendo, porque não consegue encontrar o tom do processo. Aí temos tempo perdido, oportunidades desperdiçadas, etapas queimadas e muita, muita pressa, em fazer algo que seria bem melhor se feito com calma e cuidado.

Um dia, é claro, mudam-se novamente os processos e a coisa entra nos eixos. Não para todo mundo, não como regra, mas em sua maioria. Até que isso aconteça é preciso uma boa dose de paciência, compreensão e sabedoria para evitar se envolver nessa seara de sentimentos rasos e não cair na tentação de dar ouvido aos instintos.

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Mês do amor - Oferta e procura

oferta e procura

A grande lei da oferta e da procura está em voga. Sim, é ela quem está mandando nos relacionamentos e ditando a forma como eles acontecem atualmente. A oferta cresceu assustadoramente e a procura tornou-se menos seletiva. O resultado dessa equação é que temos muito mais pessoas insatisfeitas e frustradas. As pessoas estão se permitindo com muito mais facilidade, e não que isso seja um demérito, mas o excesso de facilidade faz com que o valor diminua drasticamente.

O permitir-se está sendo levado ao pé da letra em demasia. De um lado uns permitem-se ser mais liberais e de outro uns permitem-se experimentar mais. Hoje não há mais a busca pelo ideal e sim a busca pela quantidade. Nos dias de hoje mais vale o quanto do que o como.

Todo aquele ritual, que dava enorme trabalho, mas também era prazeroso, perdeu-se. A corte, que muitos nem sabem o que vem a ser, era algo legal, algo que não deveria deixar de existir, mesmo que adaptado aos novos tempos. O cavalheirismo, a educação, coisas que não tem nada haver com o machismo ou qualquer outro tipo de preconceito que possa estar embutido. São simples gestos e atos que aconteciam e hoje não acontecem mais.

A oferta e a procura, a permissão, a liberação e o querer, o poder, a coisa do ter que fazer, tudo isso foi aos poucos minando a conquista e acelerando os ritos finais. Hoje as pessoas casam antes de serem apresentadas umas as outras, está tudo muito mais rápido. Não há mais um foco, tudo gira em torno de um vazio e o que poderia ser transforma-se no que deveria ser.

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Mês do amor - O que você quer

o que voce quer

Você não quer se envolver e isso é um fato, mas é normal, pois o envolvimento exige uma doação maior, apenas isso. Não precisa de explicação, talvez você até tenha algum motivo especial para não se envolver, alguma coisa relacionada ao passado, alguém que você ainda queira resgatar, uma desilusão, enfim, você não quer se envolver e pronto.

Entendo ou pelo menos tento entender e vou seguir, porque tem que ser assim, não dá para ficar esperando pela sua decisão, a vida segue. As coisas vão fluindo, acontecendo, e nesse meio tempo, enquanto você se decide e não sabe o que quer, pode aparecer alguém que saiba.

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Mês do amor - Expectativas

expectativas

Tudo vai acontecendo e perdemos um pouco dessa coisa do presente, do passado e do futuro, misturamos todas as estações. Quando queremos muito uma coisa, somatizamos, juntamos e fazemos teorias mil e no fim não é nada do que imaginamos. O foco deve ser outro, a busca deve ser direcionada.

O que devemos fazer é deixar o passado para trás, lá onde ele está, viver o presente com intensidade e não pensar no futuro, não planejar próximos passos ou criar expectativas em torno de algo que não sabemos se e como vai acontecer.

Pensar que pode ser azul, rosa ou amarelo, é gastar energia à toa. Temos que deixar as cores surgirem, o arco íris se descortinar e não ficar pensar que será assim ou assado, de um modo ou de outro. As coisas funcionaram como tiverem que funcionar.

O gostoso é descobrir o outro e deixar que o outro nos descubra, entender como é o outro e deixa que o outro nos entenda, compreender e ser compreendido, permitir e deixar que outro tenha essa liberdade. Só assim teremos chances de fazer dar certo. Sem cargas extras no pacote, sem imagens do que já foi, com leveza e tranquilidade.

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Mes do amor - O acaso

o acaso

Em todo caso há o acaso e ele é responsável pelos encontros, pelos desencontros, pelas descobertas, pelas conquistas e por tudo o mais que pode e vai acontecer. O acaso é quem nos coloca o frio na espinha, faz a gente ter aquele medo inicial e também nos encoraja a tentar e ousar.

É por acaso que a gente se esbarra, inicia uma conversa, troca telefones, se liga, continua a conversa, desliga, se encontra, se beija, começa a sair, engata um namoro e segue em frente. É por acaso que tudo começa ou até termina, mas não é por acaso que escolhemos passar o resto de nossos dias ao lado de uma pessoa.

Não é o lindo penteado ou o vistoso vestido, não é o corpo malhado ou o carro importado, é todo o conjunto, as atitudes, o dia a dia. Quando o acaso se encarrega de colocar em nosso caminho uma pessoa que consegue nos causar sensações indescritíveis, pode ser que essa pessoa seja aquela que não devemos perder de vista e muito menos deixar escapar de nossos braços.

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quinta-feira, junho 11, 2015

Mulher

mulher100

Ela nem ligou pro patrão
Deixou o véio na mão
E foi pra rua espairecer
Buscar uma solução
Pros problemas que ela tinha
Deu um giro na cidade quando decidiu me ver
Bateu no meu portão com lágrimas no rosto
Quase que eu sinto o gosto
Quando lembro dela assim
Me abraçou apertado
Num gesto desesperado
Saudade mútua, ela se entregou pra mim

E disse que não tá bem
Fez meu olho brilhar dizendo que tá tenso em casa
E que os problemas tão demais
Capaz de se jogar no mundão
Sem noção nenhuma do que pensa ou faz
E eu disse: Então, meu bem
Cê sabe que eu sempre te quis
Que bom que veio me procurar
Se quiser desabafar, fica à vontade
Mas com toda essa saudade
Eu nem vou te deixar falar

Mulher, cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer
Mulher, cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer mulher

Ela levanta antes de mim
Capricha na maquiagem só pra me agradar
Menina, a sina da minha vida
É ver que a minha mina é linda
Quando a gente vai dormir
E ainda é quando acordar
Ela é um poço de qualidade e defeito
E cada jeito dela é uma emoção
Toda mulher causa um efeito
Que esconde que seu corpo perfeito
É só um convite pro que ela tem no coração

E ela disse que não tá bem
Fez meu olho brilhar dizendo que tá foda em casa
E que os problemas tão demais
Capaz de se jogar no mundão
Sem noção nenhuma do que pensa ou faz
E eu disse: então meu bem
Cê sabe que eu sempre te quis
Que bom que veio me procurar
Se quiser desabafar, fica à vontade
Mas com toda essa saudade
Eu nem vou te deixar falar

Mulher, cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer
Mulher, cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanha
Porque hoje eu vou te fazer mulher

Se eu demorar, me espera
Se eu te enrolar, me empurra
Se eu te entregar, aceita
Se eu recusar, me surra
Se eu sussurrar, escuta
Se eu balançar, segura
Se eu gaguejar, me entende
Se eu duvidar, me jura
Se eu for só teu, me tenha
Se eu não for, me larga
Se eu te enganar, descobre
Se eu te trair, me flagra
Se eu merecer, me bate
Se eu me mostrar, me veja
Se eu te zoar, me odeia
Mas se eu for bom, me beija

Se tu tá bem, eu tô
Se tu não tá, também
Não tô legal, não tô
Pergunto: o que que tem?
Tu diz que tá tranquila
Mas eu sei que não tá
Tu tá bolada, filha
Vamo desembolar
Se eu te amar, me sente
Se eu te tocar, se assanha
Se eu te olhar, sorri
Se eu te perder, me ganha
Se eu te pedir, me dá
Se for brigar, pra quê?
Se eu chorar, me anima
Mas se eu sorri é por você, mulher

Cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer, mulher
Cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanhã, deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer mulher

Mulheres são o que são
E não o que nós queremos que elas sejam
Por isso, mulheres são a razão e a fração
Do mundo que os homens mais desejam

Cê sabe o que eu vou te dizer
Os seus problema, a gente tem que resolver
Mas deixa pra amanhã, deixa pra amanhã, deixa pra amanhã
Porque hoje eu vou te fazer mulher

Projota e Mayk

Mês do amor - Nem saber

nem saber

O que me aconteceu ninguém previu ou concebeu, tudo o que tivemos que fazer foi destruir o que nos foi dado de bom grado.

Você jogou para o lado um coração, o meu, maltratou um peito amigo, o meu, desprezou minha emoção.

Meus sentimentos foram todos para o ralo e você nem quis saber, ainda pisou em cima. Mas eu ainda vou voltar para te procurar e você há de me encontrar daquele jeito que você me conheceu, sem tirar e nem por, apenas dizendo que não sou mais seu.

Cansei de ser o que eu era, cansei de dar ouvidos a você.

Agora saiba que estou em nova era, coração recuperado já não quero nem saber, mas podes crer.

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quarta-feira, junho 10, 2015

Os fantasmas se divertem ou pensam que fazem isso

os fantasmas se divertem

Somos assombrados porque permitimos e isso é um fato. A assombração não surge de repente do nada e se instala em nossas vidas porque ela sempre esteve lá. Temos esse apego, essa coisa de não querer cortar os laços que nos prendem ao passado e com isso vamos alimentando os fantasmas, mantendo eles por perto e, portanto, não devemos nos assustar quando eles aparecem.

Para eles, os fantasmas, é uma tremenda diversão assombrar o passado, manter-se ali, a espreita e vigilante. Alguma coisa lhes diz que algo pode acontecer, alguma coisa inesperada, ou sei lá o que e eles vivem dessa esperança. Os fantasmas não conseguem se distanciar, não conseguem aceitar quando damos um fim às lembranças e seguimos em frente e por isso, se não somos enfáticos e diretos, eles permanecem em nossas vidas.

Por mais doloroso que seja o processo de desapego, ele deve ser feito o quanto antes e de forma radical, pois só assim todo o passado assombroso fica lá trás e não tomamos mais sustos com aparecimentos repentinos do nada no meio da madrugada. Os fantasmas só se divertem ou pensam que estão se divertindo enquanto permitimos que eles façam isso, porque quando damos um basta na falta de vergonha na cara deles, isso não acontece mais.

Mês do amor - Alguém para chamar de seu

alguem para chamar de seu

Pessoas passam por nossas vidas todos os dias e a cada estação novas pessoas aparecem, novos rostos, novos sentimentos, novas descobertas. Um tanto de coisas que se misturam e no fim formam o todo que conhecemos ou que pensamos conhecer. São pedaços inacabados que juntos dão liga e constroem. É isso, não há nenhum mistério ou magica de outro mundo. Pena muitos não levarem isso em conta e abandonarem pelo caminho partes importantes.

Queremos alguém para chamar de nosso, alguém que nos pegue no colo, literalmente ou não, mas com isso nos esquecemos de que esse outro alguém também quer uma pessoa para chamar de sua, uma pessoa que também a pegue no colo. Estamos prontos? Sabemos oferecer ao outro aquilo que tanto queremos?

Cobrar algo que não podemos dar é tudo o que não devemos e nem podemos fazer, porque os relacionamentos transitam por uma via de mão dupla. Quem dá também tem o direito de receber. O outro não está ali como salvador da pátria, solução para todos os problemas, bilhete premiado de loteria. O outro é um ser humano tal e qual a todos e tem anseios, desejos, qualidades, defeitos e uma série de outras coisas que não podem ser ignoradas.

Quando entramos na seara das emoções não podemos negligenciar nenhuma parte, não podemos fechar os olhos e achar que o mundo gira ao nosso redor e todos devem fazer nossas vontades. Descontar frustações, neuras, problemas mal resolvidos e psicoses nas costas do parceiro, é gentilmente dizer que ele precisa ser um super humano para dar conta de atender a todas as demandas.

Então, a coisa toda gira em torno do quanto estamos dispostos a dar e do quanto estamos dispostos a deixar de receber. Temos que abrir mão de certas exigências, muitas vezes descabidas, para que o outro possa nos acompanhar dando de si o seu melhor, assim como também daremos o nosso melhor e é a soma de tudo que no final vai permitir que ambos possam continuar a caminhar lado a lado.

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terça-feira, junho 09, 2015

Mês do amor – Não existem culpados

nao existem culpados

Culpar o outro, por qualquer coisa, dentro de um relacionamento, é a pior coisa a ser feita. Independente de erros e de acertos, em um relacionamento os dois são responsáveis e, portanto, não existe um culpado. Quando o dialogo não resolve, sem a culpabilidade, o melhor a se fazer é cada um seguir o seu caminho.

Muitas pessoas se culpam pelo termino de seus relacionamentos, se julgam responsáveis pelo fim e martirizam-se por um bom tempo achando que poderiam ter tido atitudes diferentes, como se isso fosse resolver todos os problemas ou minimizar as divergências. Puro engano pensar que a mudança deve ser única, pois a balança deve estar em equilíbrio e nesse caso, se os dois não assumirem a responsabilidade pela continuidade, um dos dois vai se anular em vão. A consequência é a perda da individualidade.

Acusar o outro e imputar a ele todos os motivos das frustrações e decepções, não leva ninguém a lugar algum. O outro é apenas um participante como você e ambos têm condições de fazer as coisas funcionarem, porque não existem culpados quando o dever é mutuo.

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segunda-feira, junho 08, 2015

Mês do amor – Conheci a flor

conheci a flor

A mais bela que já existiu e habitava o meu jardim. A flor mais pura, a de beleza rara, joia sem igual e estava em meu jardim, mas não foi feita para mim. Sou insensível, nem um pouco romântico, sou ogro demais para perceber as coisas como elas têm que ser percebidas, portanto, ela definitivamente não foi feita para mim.

Admira-la, eu sempre admirei e confesso que era um hobby abrir a janela e ficar ali, olhando para o jardim, contemplando a flor. As folhas, as pétalas, o perfume e tudo o mais que eu não conseguia perceber, descrever e nem sentir. Ela era muito delicada para mim. Minhas duras mãos a destruiriam em segundos se a pudessem tocar.

Até que um dia agonia de apenas olhar, vislumbrar de longe, e não tocar, falou mais alto e criei a coragem necessária para dar o primeiro passo. Desci lentamente as escadas, passos pesados, barulhentos e segui em direção ao jardim. Por instantes contemplei a flor como se aquela fosse a última vez. Respirei, estiquei a mão e toquei a flor.

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domingo, junho 07, 2015

Mês do amor - Viver de verdade

viver de verdade

Você chorou antes de rir e quando riu as lagrimas não conseguiu esconder, vai passar, mas antes vai doer e então coração você tem que entender. É mesmo assim sempre será, infelizmente muitas vezes sem motivo. Faz parte da vida e dos acontecimentos, isso não é coisa de momento.

Você pensou antes de fazer e quando fez já não dava mais. Vai pesar, vai frustrar, mas você tem que entender que um dia tudo vai mudar.

Não tem porque se lamentar e nem  tentar agir de forma diferente. O que tiver que ser será, você apenas não pode se resignar. É hora de ir para frente, mais atitude enquanto houver vontade. Sempre vai existir alguém com um desejo maior e o que importa é viver de verdade.

sábado, junho 06, 2015

Mês do amor – Pilares de sustentação

pilares de sustentacao

Agua mineral sem gás, algumas pedras de gelo e duas rodelas de limão. Pouca ou muita coisa dependendo do ponto de vista e do lado por onde se vê o todo. O processo é ilimitado, mas pode gerar alguns contratempos se não for administrado com parcimônia. Um bom exemplo disso é a construção de pilares.

Pilares precisam de uma base sólida, precisam estar bem amparados para não serem afetados com os impactos. Depois da construção de bons pilares, todo o resto, pode seguir. Quando não se constroem pilares com boa base de sustentação, os processos ficam limitados ao tempo em que os pilares irão resistir. Isso trás incontáveis prejuízos.

Geralmente só começamos a pensar nos pilares depois que os mesmos já estão de pé e nesse caso, é bem mais difícil refazer tudo. O que se faz é seguir assim, torcendo para que os pilares estejam seguros e suportem o tranco. As relações também são assim, baseadas em pilares.

Uma relação baseada em nada ou baseada em um sentimento fugaz tem grandes chances de não evoluir. A sustentação firme, construída sobre sentimentos verdadeiros, é a que tem menos chance de ruir no primeiro impacto, pois é sólida o bastante para não se esvair como poeira diante dos olhos.

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sexta-feira, junho 05, 2015

Mês do amor – Falando de amor

falando de amor

Para quem nunca amou falar de amor pode ser fácil, mas é um discurso que ninguém reconhece, pois quem nunca amou não pode discorrer sobre algo que não viveu, por mais que conheça a teoria da coisa. A vivência do amor é como a experiência que é exigida em alguns empregos, é o que realmente torna válida as teorias e o que mostra o quanto é complexa essa coisa de amar.

O que se espera de um amor é sempre o melhor, a felicidade permanente, mas o que acontece de verdade é um constante aprendizado, lições diárias de como conviver com outro ser humano com pensamentos distintos, manias, gostos, qualidades e acima de tudo, defeitos. A vivencia nos ensina a ter paciência, tolerância, a ceder em determinados momentos e a bater o pé em outros. A teoria não nos fala dos contratempos, apenas nos diz que é difícil, mas não quantifica, até porque não pode.

E cada relacionamento, cada decepção, cada novo começo, é uma nova série de aprendizados. A vivência do amor não para de nos ensinar, aprendemos até o fim, quando há outras lições a serem compreendidas, talvez em outro lugar, plano ou onde você acreditar.

Para cada fase da vida um tipo de amor se sobressai, sem anular os outros, apenas ficando em evidencia. Na infância o fraterno, o pueril. Na adolescência o platônico, o que deseja. Na fase adulta o apaixonado, o intenso. Na maturidade o realista, o que tem os pés no chão. Na velhice o carinhoso, o sereno. Em conjunto todos vão nos mostrando as transformações que aconteceram ao longo da vida e nos fazem entender que a vida é um ato de amor continuo.

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quinta-feira, junho 04, 2015

Como faz

como faz

Eu sinto o efeito do afeto
Mudei meu conceito sobre o que tá correto
Alguns querem bens, outros dividir teto
Quer viajar de leito enquanto quero tá perto

E só observo, não me vejo objeto
Que possa ser usado assim, então me entrego
Pior que meu jeito é um pouco diverso
Eu fico iluminada assim, e me enxergo
Com você perto de mim, não tem papo
Eu quero a vida inteira assim, e não nego
Basta te encontrar, eu, você e o universo
Pra manter nosso clima assim tão direto

Seu perfume é um soul,
Com essência de afeto
É tão louco, o contato é tão... Pouco
Mas...
Me inspira a escrever versos

Quando você parte leva junto a minha paz
Machuca o coração, pensar que a gente pode não
Se ver mais, não se ter mais
Me diz como faz pra te ter mais.

Deitado na minha cama acende um green
Dá um beijo em mim, cê fica bunitin
Assim, sem pose, sem medin
Vem comigo pretin, não para de me olhar assim
Quando a noite começa eu desconheço o fim
Quando você me abraça não dispassa o sim
Fica mais doce que cajuzin, tão docin, tipo quindim
Do tipo que aperta a mão e machuca
Dá vontade de banho de chuva
Te chamei pra viver uma aventura do lado que eu abrace
e me sinta segura
Conhaque ou sorvete de uva
Quero desfrutar da sua doçura
Vem... vem que muito quero ser sua
Vem que qualquer hora a gente volta pra rua
Se cobre de verde que tá friozin
Me acorda se eu dormir pra te da um beijin
Sem pensar no que dissera sobre nosso fim
Quando você parte é chegada a parte ruim
Ruim...

Quando você parte leva junto a minha paz,
machuca o coração pensar que a gente pode não,
se ver mais, não se ter mais,
me diz como faz pra te ter mais.

Flora Matos

Mês do amor - Ainda mais bonito

ainda mais bonito

Sentado, com aquele olhar perdido, ele é ainda mais bonito. Ali, na cama, ao meu lado, parecendo um garoto de quinze anos admirando o brinquedo novo, ele é ainda mais bonito. Dorso desnudo, barba por fazer, cabelos ao natural, ele é ainda mais bonito. Meu, o sonho de metade das mulheres da cidade, ao meu lado, olhando-me como se fosse nossa última vez, como ele consegue ser ainda mais bonito.

- Tenho que ir agora.
- Já?
- Sim. O site entra no ar amanhã à noite e tenho que revisar algumas imagens que foram para a correção.
- Ainda são nove horas, fica mais um pouco.
- Não posso, infelizmente, o dever me chama.
- Ok, então pelo menos me dá mais um beijo...

Terminei o café, desci as escadas, atravessei a rua, entrei no carro e sai em disparada. Despedimos-nos sem dizer adeus, não era necessário, nos veríamos de novo, ele iria me procurar e eu iria procura-lo. Ele queria que eu ficasse, mas não dava. Uma pilha de trabalho me esperava, tive que partir.

Esperei por uma ligação dele por vários dias, conferia o celular a cada minuto, atualizava o e-mail regularmente e nada. Mandei mensagens, telefonei, mas ele não me atendeu, não retornou. Perdi as esperanças, ou melhor, deixei para lá, quando minha última ligação foi direto para a caixa postal. Talvez tenha sido melhor desta maneira, sem dramas.

Ficar sem noticias me permitiu focar mais no todo. Não fiquei pensando em quantas outras ele levou para cama ou quantas ele seduziu na ultima semana. Não vê-lo, foi importante para mim, pois me fez guardar os momentos que vivemos em um lugar especial, para nunca mais esquecer.

quarta-feira, junho 03, 2015

Mês do amor - Ainda mais bonita

ainda mais bonita

Deitada, adormecida, ela é ainda mais bonita. Ali sobre a minha cama, enroscada em meus lençóis, ela é ainda mais bonita. Nua, sem maquiagem, penteado ou adornos, ela é ainda mais bonita. Minha, pelo menos por aqueles instantes, àquelas horas, agora, ela é ainda mais bonita.

- Bom dia!
- Bom dia! Você está me observando dormir?
- Não, estou admirando.
- Bobo. Está acordado há muito tempo?
- Não, só o suficiente para vê-la tão linda em meus lençóis.
- Para com isso. Vamos tomar café?

Tudo o que é bom dura o tempo necessário para deixar saudades e logo após o café, ela se foi. Não saiu sem dizer adeus, mas desceu as escadas com toda a sua leveza, atravessou a rua com decisão, entrou no carro e partiu. Não prometeu voltar, não sei se vamos nos reencontrar, ficou tudo no ar. Perguntas que não foram feitas, respostas que não foram ditas.

Por alguns dias, sete, ou nove, não sei ao certo, esperei por um telefonema, um e-mail, algum sinal de fumaça. Liguei uma, duas, trezentas vezes e em nenhuma delas fui atendido. Perdi as esperanças de revê-la quando minha última ligação foi direto para a caixa postal. A falta de respostas, de contato, de noticias, ao invés de me angustiar como eu esperava, confortou-me.

Não saber seu destino, seu paradeiro, não vê-la com outro alguém, não imaginar coisas, foi importante para mim, pois não me fez esquecer, me fez apenas guardar os momentos que vivemos.

terça-feira, junho 02, 2015

Mês do amor – Bacon ou pimenta

bacon ou pimenta

Salgado ou doce. Azedo ou amargo. Úmido ou seco. O tipo não importa tanto quanto a constância, o modo é opcional e cada qual se utiliza daquilo que aprendeu para não se perder no meio de tanta informação. Os pares são formados ao longo do caminho, assim como vão se desfazendo com o tempo, independente do prazo de validade. Os eternos nunca duram para sempre. Os passageiros duram exatamente o tempo certo para valerem a pena.

Há um grande exagero no conceito e no modo como se administram as relações, os sentimentos. Ninguém é totalmente inocente a ponto de não ser culpado por aquilo que não fez e pode ser acusado por aquilo que fez. Importante não cultivar jamais, o medo de errar, pois são os erros que nos levam ao acerto ou as experiências.

Quem um dia soube relevar, perdoar, de certo se preocupou menos com as consequências e mais com o desenvolvimento. A caminhada, longa por muitas vezes, nem sempre é tranquila e a prova de danos, mas é proveitosa.

O que se leva do todo são sensações, emoções, faíscas de algo maior. Amar não é tão somente a contemplação do horizonte ou o despertar de uma noite mágica de sexo intenso, é também reconhecer que existem maus momentos, crises e toda uma série de contratempos. Estes servem para fortalecer e não para desmerecer. Quem resiste, enfrenta e não tem medo de compreender o outro, não garante a felicidade plena, mas certamente vive uma vida bem mais serena.

 

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