Pensamos muito no que vamos dizer, em como vamos dizer e quando vamos dizer. Pensamos antes, durante e depois. Pensamos no distante, no perto, no fácil e no difícil. Medimos distancias, calculamos rotas, mudamos o rumo, a prosa, de opinião, de ideias. Encontramos saídas, atalhos, destinos. Não são apenas desatinos que nos movem, não são apenas peregrinos que se movem. Um dia fui um menino. Hoje não sou mais tão dependente assim.
Há tanta coisa oculta nos itens que coletamos, nas pedras que ignoramos, no todo que vivemos. Há ainda muita coisa a ser dita, vivida, pensada, sentida. Existem etapas que não podemos descartar, fases pelas quais temos de passar e estando prontos ou não, elas vão nos fazer lembrar que existe o mar e o luar. O mar para se banhar e o luar para contemplar. A lágrima que cai, a nuvem que vem, o sol que não sai.
O medo persegue os que têm coragem de não desistir. Hoje não sou mais tão dependente assim. Um dia fui menino.
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