Os contos de fadas modernos de antigamente não são mais os mesmos de outrora, nunca foram. O que nos contavam como sendo a realização de um ideal, nada mais era do que a prova viva de que a submissão sempre foi o fim trágico e preferido das princesas de um reino só.
O príncipe, ah esse imprestável, movia mundos e fundos por uma tola sem nenhum sex appeal. Enfrentava anões, bruxas e madrastas como quem enfrenta um perigo de verdade. Mal sabe ele que nos dias de hoje a vida cotidiana o teria devorado com extrema facilidade.
Nem uma espada de verdade ele sabia empunhar, na maioria dos casos nunca precisou usá-la. Aparecia lá com sua cara de idiota no fim da história, beijava a dita princesa e acreditava viver feliz para sempre com ela ao seu lado em um reino de monotonia e tédio.
A princesa não era cobiçada nem pelos anões. Chapeuzinho nesse caso ainda teve melhor sorte, pois tinha o lobo querendo lhe comer. Literalmente ou não.
As dondocas em suas vestes cheias de pano, suas cinturas de carretel e seu olhar vazio são tão interessantes quanto um copo de água com açúcar. Se não fossem os príncipes, os metrossexuais da época, elas estariam até hoje a espera de um louco que as desejasse.
E assim acreditamos nessas fabulas e idealizamos príncipes e princesas que na vida real nada mais são do que pessoas sem nenhum atrativo. Não procure por um príncipe ou por uma princesa, procure pela mulher ou pelo homem que vai te tirar do marasmo e colocar pimenta onde há açúcar em excesso.
