A razão nos manda obedecer
Mas de cór não sei dizer
Regras pra amar, quem dita?
E se a natureza conspirou
Com sinais de amor
Que tem juízo, entende e acredita
Deixando o vento soprar,
Vê se as chuvas de verão
Maré traz pros segredos a verdade
Pra quem quer perceber
Se já levou rasteira
Leva a sério e da descrença não sente saudades
Se é mais fácil dizer que tudo é coincidência
Se perde a inocência pra maldade
Se por causa da idade não se tem fantasia
Nem se crê na magia
Volta-se a ser criança pra sonhar
Deixa as águas passadas
Mas se existem topadas
Nas nossas caminhadas
É pra não esquecer
De pedir que uma estrela cadente
Realize os desejos da gente
Bater palma para o sol poente ao fim da tarde
Veste branco pro ano que vem
Pois as superstições quem não tem?
Não importa se axé ou amém
É misticidade
Tem gente que beija contente a foto de alguém que se está com saudade
Tem gente apelando pra fada gnomo duende e outras entidades
Tem gente que dá três pulinhos, pede a são longuinho que encontre a verdade.
Não importa se axé ou amém
É misticidade
João Martins