E não é que foi embora de vez e me deixou aqui. Acontece e nem sempre isso é ruim, às vezes o que achamos ser felicidade, alegria, nada mais é do que uma tentativa vã de vermos nossos anseios realizados através de situações que não são reais.
Temos a esperança de que aquela pessoa pode ser o amor da nossa vida quando ela nunca nos viu de verdade. Que o árduo trabalho não reconhecido é o emprego dos nossos sonhos. E assim, de ilusão em ilusão vamos nos abastecendo do que nossa mente convenciona como sendo o que estávamos procurando de fato e que nos trás alegria. Colocamos um sorriso no rosto, nos enchemos de coragem, citações de livros de auto-ajuda e vamos em frente sem dar bola para os claros sinais de que estamos indo na direção contrária.
O que acontece nesse processo é que perdemos tempo precioso tentando encaixar o que não se aplica a uma realidade da qual aquilo não faz parte. Interrompemos a busca e enquanto dura a cortina de fumaça ficamos cegos para a vida. Outro acontecimento é que sofremos sem medida quando a cortina se dissipa e até caírmos na real de estávamos vivendo uma fantasia criada pela nossa mente, ainda tentamos lutar por algo que nunca existiu.
Uma sabia frase diz que nossos momentos mais felizes são ao lado de nossos amigos e não ao lado de um amor ou de uma suposta paixão. A amizade é espontânea, não celebra datas que se forem esquecidas estremecem a relação, não pede declarações da boca para fora ou ditas apenas para constar. A alegria vem de grandes momentos ao lado de pessoas que tem prazer em estar conosco independente de todas as outras coisas e transformam esses momentos em únicos. Seja amigo dos seus amores e não apenas transforme seus amigos em possíveis amores.
Que saibamos corretamente interpretar os momentos sem permitir que qualquer alteração emocional os transforme em mais um novelesco conto de fadas, desse modo quando a alegria partir e for embora, vai nos bastar marcar o próximo encontro.