Os fragmentos de vida que ainda restam dentro do peito, aqueles resistentes que se negam a abandonar o posto e se entregar sem lutar, são os que ainda e como que por milagre nos mantém de pé.
Grandes companheiros de um dia de muita compreensão, algum lamento e varias garrafas espalhadas pelo chão. Todos os que não foram em frente e ficaram pelo caminho ainda se ressentem por não terem feito o suficiente pela própria felicidade, eles se ressentem por que não tiveram a coragem de amar.
Muito do que se fala sobre esse amor de hoje pode ser lido nos livros do passado e está sendo reescrito pelos poetas da nova geração, que mesmo sem saber o fazem da pior forma possível.
Acabamos por nos tornar prisioneiros de nossas próprias invenções, obedecemos a comandos automáticos e em nossa busca desenfreada por aceitação nos perdemos daquilo que nunca fomos. A incompleta tradução do obvio não mais nos satisfaz, queremos muito mais do que ovos com bacon. Queremos voar sem asas e correr como um formula um, gozando de tudo e de todos.
Essa ingratidão que nos cega não vai nos matar e nem tão pouco nos fazer perder o sono, mas vai nos deixar mais fracos para o que virá depois.
Eu era assim também, mas aprendi que ainda tenho muito que aprender.