A cada ano que passa escrevo menos, mas em compensação nestes últimos dias este já é o segundo texto que escrevo.
Quando uma pessoa que não tem o hábito de escrever começa a soltar as palavras no Word, pode até sair alguma coisa boa, não porque ela sabe escrever e sim porque ela está desabafando sem pensar na ordem das palavras.
Neste momento que estou vivendo, estou me conhecendo ainda melhor, não que isto seja bom, pelo contrário, está sendo horrível e tenebroso, nunca pensei que ser rejeitado enquanto estava por “cima da carne seca” poderia doer tanto.
Como fazemos para ter certeza se o que estamos sentindo quando acontece à perda de um grande amor é apenas sentimento de “perda de posse” ou é “amor verdadeiro e não querer ficar longe”?
Vivi durante alguns meses sem gostar da pessoa que perdi, terminei, porque queria me divertir, porque me achava muito novo para namorar e tal. Depois de algum tempo numa noite voltando da farra me pego às 4 horas da manhã, bêbado igual a um porco, ligando para está mesma pessoa porque estou na escada do prédio dela a esperando, mas ainda assim não tinha sentimento algum por ela.
Desde aquela noite se passaram seis anos de idas e vindas, mas nada mais que uma semana. Trai, fiz sofrer, fiz chorar e há pouco mais de um mês terminei novamente, e quando me dei conta da besteira que estava fazendo quis voltar e olha no que deu.
Hoje estou aqui sofrendo igual a um porco, mas não tão bêbado, esperando uma resposta que talvez nunca venha de uma pessoa que me conquistou, que me fez enxergar coisas que nunca vi e que está me fazendo sentir coisas que nunca senti.
Ontem não fiz nada o dia inteiro porque nos últimos domingos, destes últimos seis anos, por mais que não estivesse com ela, tinha a certeza que ela estaria me esperando.
Em resposta a minha própria pergunta acho que este sentimento é “Amor verdadeiro”.