A banalização de tudo é o que mais me preocupa nesses tempos “Miojo” que estamos vivendo. Perdemos a referência de coisas e tornamos tudo instantâneo como o famoso macarrão.
Os diários estão expostos na rede para quem desejar ler, saber, curtir e compartilhar. A informação irrelevante se tornou predominante. As pernas da famosa atriz de cinema ganham status, a gafe do apresentador vira “hit” e nossa música mais famosa em todo mundo é um solene amontoado de um verso só.
Não se constroem mais relações, elas acontecem a todo instante e são pautadas no hoje e não no amanhã. Casais não trocam alianças, mudam de status na rede social da moda. O sexo nunca foi tão recomendado, permitido, incentivado e consentido, desde que é claro você o faça com “responsabilidade”.
“Transe com milhares, mas use camisinha.” É o que dizem os anuncios espalhados por aí, que poderiam sugerir que não se transasse com qualquer um. Isso me soa como se o pessoal da Lei seca disesse: “Entre em coma alcoolico, desde que não dirija”
As mulheres de algumas décadas passadas namoravam, noivavam e casavam. As de hoje conhecem, ficam e se juntam. Tudo tão normal e sem critério.
Eu ainda não estou ficando velho e nem retrógrado, mas confesso que sinto falta dos sentimentos de que norteavam as relações, mesmo que elas não fossem tão duradouras. Havia companheirismo, entrega, paixão verdadeira e acima de tudo bem querer.
