Na correria do presente e na esperança de um futuro não tão ausente, me preparei para seguir em frente longe das amarras do passado. Cortei caminho por atalhos tortuosos, vaguei por ruas não habitadas, becos no meio do nada e paisagens desconhecidas.
Topei com gente descrente da vida, com pessoas alegres demais para o meu gosto e principalmente com muita tristeza. Isso me forçou ingresso antecipado nas disputas do dia a dia, nas batalhas do subconsciente e nos labirintos da psique humana. Compreendi que era inútil insistir em algo sem sentido, a semente, neste caso, não vingaria.
O máximo a que me permiti enquanto crescente, foi jamais deixar de ser nascente, estrela radiante no sol poente do outono. O máximo a que me permiti sonhar foi além das estrelas.
E na correria do futuro, na esperança do presente, preparado estou para não mais usar atalhos e seguir sem pressa para o fim da estrada.