Perdi alguém muito importante para mim, perdi porque não soube manter, não soube guardar. Perdi porque fui demais, porque sempre cometo meus excessos, meus arroubos, minhas loucuras. Perdi porque não sei me acostumar com a ideia de não me importar com as coisas, de não sentir com intensidade. Perdi porque mais uma vez cumpri meu papel, segui o script e confirmei todas as teorias, não consegui fugir ao meu destino, que é sempre perder o que me é mais caro.
A sina do derrotado, daquele nunca chega ao pódio, não me coloca para baixo, mas é difícil encontrar algo que me puxe do fundo e traga de volta a superfície. A velha história do tempo que eu sei que não funciona, o tal do destino e tantas outras balelas, só me fazem compreender ainda mais o quanto é inútil remoer os erros depois que já não há mais chance alguma de acerto.
Aceitar sem resignação que o fim é isso, que não há comemorações e muito menos lágrimas, não pode ser o que me resta, mas é o que se apresenta como opção mais factível para o momento. E eu vou me resignar, vou aceitar, não vou chorar, não vou compreender, mas vou silenciar.
Imagem do post: Redheads be here