Celebrar a competência do gol de placa, a sapiência da melhor escolha, o reconhecimento do grande gênio e tudo isso sem nem uma gota sequer de sorte, de acaso. A mais pura arte de ser e estar preparado para a execução dos maiores feitos inimagináveis. Pena que o mesmo não acontece nos fracassos, pena que não se reconhecem os erros como sendo daquele que era, e porque não continua a ser, o melhor.
Nas derrotas, sejam as maiores ou as menores, o infortúnio foi obra de um lance de azar. O grande e sapiente não falha jamais e se não fosse o azar, não seria a sorte e sim a genialidade. Quando é bom capacidade, quando é ruim azar.
É a trave que estava no lugar errado quando aquela bola foi direto nela, é a roleta que não girou o suficiente quando a bolinha não cai no numero apostado, é a falta de visão do chefe quando a promoção é dada para outro. O tal do lance de azar acaba sendo mesmo um atraso na vida de muitas pessoas, que não fazem nada para colaborar, pois preferem ter a quem maldizer quando as coisas não saem a contento.
O outro, esse é sempre sortudo. O espelho reflete a sorte do outro e o azar de quem não consegue enxergar com os olhos da realidade tudo o que acontece. Acreditando ou não, levando em consideração ou não, todos nós contamos com um pouco de sorte e algum imprevisto na realização do que quer que seja. Desde a felicidade de encontrar a loja aberta quando não se esperava ou a tristeza de descobrir que o doce guardado com tanto cuidado está estragado.
Sorte e azar andam lado a lado, juntos, nunca separados e fazem parte do nosso cotidiano, portanto reconhecer que às vezes um lance de sorte faz toda a diferença, não faz mal algum.
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