terça-feira, maio 26, 2015

Desculpe-me por existir

desculpe me por existir

- Você é o cara que resolve tudo com desculpas?
- Não!
- Porque você vive se desculpando, pedindo perdão, se lamentando, enfim, vive lamuriando.
- Eu erro.
- Todos erram, mas me parece que você erra em excesso então, porque é impressionante a quantidade de vezes em que pede desculpas, em que se justifica, e em grande parte delas, por algum motivo sem muito sentido.
- Tento reparar meus erros.
- Não seria melhor reduzi-los?
- E ter mais acertos?
- E ter menos erros!
- Eu tento.
- Todos tentam, mas tentativas são apenas, outra vez, desculpas, como você tanto gosta. Acho que entendo seu modo de agir.
- E como é?
- Você simplesmente acha mais cômodo, mais seguro, desculpar-se antecipadamente, porque não tem coragem suficiente para fazer as coisas darem certo, para evitar o erro. Você vive de tentativas e desculpas, vive de migalhas e sentimentos mínimos em relação a sua pessoa.
- Conclusão precipitada esta.
- Acho que não.
- Fazer as coisas com a mera e simples intenção de acertar, não quer dizer que eu vá conseguir o alvo, o centro, a atitude exata. Desculpar-me, não quer dizer que eu use de subterfúgios, atalhos, para não ser mais um na multidão. Eu importo-me com aqueles que me são muito importantes, com os que me fazem bem e aos quais tenho no peito um sentimento de gratidão. Independente do futuro ou do que possa vir a acontecer, eu prefiro, sempre, antecipar-me as magoas, ao sofrimento, e por isso, sou verdadeiro admitindo minhas imperfeições enquanto humano que sou. Não sei fazer papel de independente rebelde, do cara que não está nem aí se é agosto ou fevereiro. Eu sinto e por sentir, coloco-me no lugar do outro e apenas faço o que gostaria que fizessem.

Imagem do post: Tumblr / Redheads be here

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