Para diversas coisas ele é a escolha certa, o cara a ser lembrado, aquele que vai resolver ou que pelo menos vai saber dar o primeiro passo, colocar as coisas para andar e encaminhar tudo para uma solução prática. Ele é o bom para correr, para andar, para trocar uma pia, lavar a louça, fazer o jantar e até mesmo, pasmem, para apenas estar ali, presente, sem precisar dizer palavra alguma. Só que ele não é bom para tudo, não é o suprassumo da coisa.
Aqueles que arregalaram os olhos quando viram, os que foram com muita sede ao pote achando ter descoberto a mina de ouro, estes com certeza se decepcionaram. Criaram expectativas demais, apostaram alto em algo sem garantia, porque por mais que ele seja bom, e é, ele também falha em muitas coisas, deixa furo em diversos aspectos. Ele nada mais é do que um ser humano.
Ele se lembra de pagar a conta de luz, mas esquece do dia do seu aniversário. Ele compra uma pizza gigante mesmo sabendo que você está de dieta. Ele não compreende as suas inseguranças, ele não demonstra sentimentos, ele não fala eu te amo ou coisas bonitas quando você quer ouvir. Ele é isso, essa coisa incompleta, que tem momentos de puro encantamento e momentos de apagão total.
O que não se pode dizer dele é que ele vende o que não pode entregar, pois ele jamais promete ser o príncipe dos contos de fada. Ele não tem cavalo branco, carruagem e muito menos sabe manejar uma espada. Quem vê de fora é que não enxerga ou finge não ver os defeitos, só tem olhos para as qualidades e deixa de perceber que está diante de uma pessoa igual a tantas outras por aí, tentando acertar, mas errando de vez em quando.
Esperar que ele sempre ganhe e nunca perca, é por um lado, o mesmo que se considerar perfeito e não se contentar com menos do que isso. Como não existe ninguém perfeito a pessoa vive com a sensação de que sempre está faltando algo e nunca está satisfeita com o que tem, esquecendo-se que o que ela tem é o que ela vai encontrar em qualquer lugar que procurar.
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