Pequenos pedaços de pano, retalhos, lançados ao vento, soltos com o tempo, desprendidos daquele vestido florido. Ela, uma tela, tão bela, lançada ao vento, solta pelo tempo, desprendida de qualquer amarra, sem aparas. A vida, esse algo que não compreendemos e que tanto nos intriga. Os sentimentos expostos, a alma desnuda, o céu nublado e o coração perdido. Angustiante saber a qualquer momento tudo pode mudar, mas que mesmo assim tudo permanecerá como antes, tão inconstante.
Sim, por mais que se tente uma hora as coisas saem do rumo, você perde o prumo, a rota se altera e tudo vai para o espaço. Você tenta consertar e só piora as coisas. Você acha que ainda dá e só se frustra com mais uma tentativa em vão. Tudo o que você faz não funciona e nem vai funcionar, porque você se esquece de que existe um momento em que é preciso parar.
É preciso parar de se machucar, de se violentar, de se esforçar, de se doar, de se permitir e principalmente, de buscar aquilo que não te pertence.
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